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8 – O Fogo Sagrado

2 de março de 2016 - Fase B
8 – O Fogo Sagrado

Tema nº. 8 – O Fogo Sagrado.

b-8

(DO LIVRO ‘AS TRÊS MONTANHAS’ DO V.M. SAMAEL AUN WEOR:)

“A transmutação sexual do “ens seminis” em energia criadora se faz possível quando evitamos cuidadosamente o abominável espasmo, o imundo orgasmo dos fornicadores.

A bipolarização deste tipo de energia cósmica no organismo humano foi, desde os antigos tempos, analisada nos colégios iniciáticos do Egito, México, Peru, Grécia, Roma, Fenícia, etc., etc., etc.

O ascenso da energia seminal ate o cérebro verifica-se graças a certo par de cordões nervosos que, em forma de oito, se desenvolvem, esplendidamente, a direita e a esquerda da espinha dorsal. Chegamos, pois, ao caduceu de Mercúrio com as asas do espírito sempre abertas. O mencionado par de cordões nervosos jamais poderia ser encontrado com o bisturi, porquanto estes são antes de natureza semi-etérica, semifísica. Estas são as duas testemunhas do Apocalipse, as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do Deus da Terra, e se alguém os quiser danar, sai fogo da boca deles e devoram seus inimigos. Na sagrada terra dos Vedas, este par de cordões nervosos são conhecidos com os nomes sânscritos de Idá e Pingalá. O primeiro relaciona-se com a fossa nasal esquerda e o segundo com a direita. E obvio que o primeiro destes dois nadis, ou canais, é de tipo lunar; e ostensível que o segundo e de natureza solar.

A muitos estudantes gnósticos poderá surpreender um pouco que, sendo Ida de natureza fria e lunar, tenha suas raízes no testículo direito. A muitos discípulos do nosso Movimento Gnóstico poderia cair-lhes como algo insólito e inusitado a noticia de que, sendo Pingalá de tipo estritamente solar, parta realmente do testículo esquerdo. Entretanto, não nos devemos surpreender, porque tudo, na natureza, se baseia na lei das polaridades. O testículo direito encontra seu antipolo exato na fossa nasal esquerda, e isto já esta demonstrado. O testículo esquerdo encontra seu antipodo perfeito na fossa nasal direita, e, obviamente, isto deve ser assim. A fisiologia esotérica ensina que, no sexo feminino, as duas testemunhas partem dos ovários. É inquestionável que, nas mulheres, a ordem deste par de oliveiras do templo se inverte harmoniosamente.

Velhas tradições que surgem da noite profunda de todas as idades, dizem que, quando os átomos solares e lunares do sistema seminal fazem contato no tribeni, perto do cóccix, então por simples indução elétrica desperta uma terceira força. Quero referir-me ao fogo maravilhoso do amor (o Fogo Sagrado).

Escrito está nos velhos textos da sabedoria antiga que o orifício inferior do canal medular nas pessoas comuns e correntes encontra-se hermeticamente fechado. Os vapores seminais o abrem para que o fogo sagrado da sexualidade penetre por ali.

Ao longo do canal medular processa-se um jogo maravilhoso de variados canais que se penetram e compenetram mutuamente, sem se confundirem, porque estão localizados em diferentes dimensões. Recordemos o Sushumna e outros, como o Vajra, o Chitra, o Centralis e o famoso Brahmanadi. Por este ultimo ascende o fogo do deleite sexual, quando jamais cometemos o crime de derramar o sêmen.

Absurdo é enfatizar a equivocada idéia de que o erótico fogo de todas as ditas empreenda viagem de retorno para o cóccix, depois da encarnação do Ser (o Jivatma) no coração do homem.

Falsidade horripilante é aquela que afirma, torpemente, que a chama divina do amor, depois de haver gozado sua união com Paramashiva, se separe, em viagem de retorno, pelo caminho inicial.

Tal regresso fatal, dito descenso até o cóccix, só se torna possível quando o iniciado derrama o sêmen. Então, cai fulminado pelo raio terrível da Justiça Cósmica.

O ascenso do fogo sexual pelo canal medular realiza-se muito lentamente, de acordo com os méritos do coração. Os fogos do cárdias controlam sabiamente o ascenso milagroso da flama do amor.

Obviamente tal chama erótica não e algo automático ou mecânico, como supõem muitos equivocados sinceros. Este fogo serpentino desperta exclusivamente com o deleite sexual amoroso e verdadeiro.

Jamais ascenderia a flama erótica pelo canal medular de casais unidos por mera conveniência pessoal.

Seria impossível o ascenso da chama santa na espinha dorsal de homens e mulheres adúlteros. Nunca subiria o fogo das delícias sexuais na espinha dorsal daqueles que atraiçoam ao guru.

Jamais ascenderia o fogo sexual pela medula dos beberrões, afeminados, lésbicas, drogados, assassinos, ladrões, mentirosos, caluniadores, exploradores, cobiçosos, blasfemos, sacrílegos, etc., etc., etc.

O fogo dos gozos sexuais e semelhante a uma serpente de maravilhas que, quando desperta, emite um som muito similar ao de qualquer víbora açulada por um pau.

O fogo sexual, cujo o nome sânscrito e Kundalini, desenvolve-se, revoluciona e ascende dentro da aura resplandecente do Maha-Choham.

O ascenso da flama das ditas ardentes ao longo do canal espinhal, de vértebra em vértebra, de grau em grau, resulta, em verdade, muito lento. Jamais subiria instantaneamente, como equivocadamente supõe algumas pessoas que não possuem informação correta.

Folgo em dizer, em grande estilo e sem muita prosopopéia, que os trinta e três graus da maçonaria oculta correspondem, esotericamente, com as trinta e três vértebras espinhais.

Quando o alquimista comete o crime de derramar o vaso de Hermes, refiro-me ao derrame seminal, obviamente perde graus maçônicos, porque o fogo dos encantos amorosos desce uma ou mais vértebras, de acordo com a magnitude da falta.

Recuperar os graus perdidos sói ser espantosamente difícil. Entretanto, esta escrito que na catedral da alma ha mais alegria por um pecador que se arrepende do que por mil justos que não necessitam de arrependimento.

No magistério do amor sempre somos assistidos pelos Elohins; eles nos aconselham e ajudam.

A Universidade Adhyatmica dos Sábios examina, periodicamente, os aspirantes que, depois de terem renunciado a Mammon, (intelectualismo e riquezas materiais), desfrutam, sabiamente, das delicias do amor no tálamo nupcial.

Na medula e no sêmen encontra-se a chave da redenção, e tudo que não seja por ali, por esse caminho, significa, de fato, uma perda inútil de tempo.

O fogo serpentino (Kundalini) encontra-se enroscado, como qualquer cobra, com três voltas e meia, dentro de certo centro magnético situado no osso coccígeo, base da espinha dorsal.

Quando a serpente sexual desperta para iniciar sua marcha para dentro e para cima, passamos por seis experiências místicas transcendentais, que podemos e devemos definir, claramente, com seis termos sânscritos, assim:

Ananda: Certa alegria espiritual.

Kampan: Hipersensibilidade de tipo elétrico e psíquico.

Utthan: Progressivo aumento autoconsciente, desdobramentos astrais, experiências místicas transcendentais nos mundos superiores, etc.

Ghurni: Intensos anelos divinais.

Murcha: Estados de lassitude, relaxamentos de músculos e nervos de forma muito natural e espontânea durante a meditação.

Nidra: Determinado tipo especifico de sono que, combinado com a meditação interior profunda, vem a se converter em Shamadi resplandecente (êxtase).

Inquestionavelmente, o fogo do amor se confere infinitos poderes transcendentais.

A flama sexual e, for a de toda dúvida, uma verdade jeovística e vedantina ao mesmo tempo.

A chama sexual e a deusa da palavra, adorada pelos sábios. Quando desperta, confere-nos a

iluminação.

A flama erótica nos confere essa sabedoria divina que não é da mente e que está mais além do tempo.

É ela que dá também o Mukti da beatitude final e o Jnana da liberação.

DI- ON- IS- IO. Dionísio. Silabando-se esta mágica palavra, este mantram de maravilhas, sobrevém, extraordinariamente, a transmutação voluntaria da libido durante o coito paradisíaco.

Mágicos resultados deste mantram:

            DI– Intensificada vibração dos órgãos criadores.

            ON– Movimento inteligente da energia criadora em todo o sistema nervoso sexual até submergir na Consciência.

            IS– Esta mântrica sílaba nos recorda os mistérios isíacos e o seu correspondente nome Isis. Obviamente, a vogal I e a letra S, prolongadas com um silvo doce e aprazível, invocam a serpente sexual para que suba, vitoriosa, pelo canal medular espinhal.

            IO– Isolda, o androginismo luni-solar, Osíris-Iris, cintila desde o fundo profundo de todas as idades, terrivelmente divino.

            I, com sua profunda significação, certamente e o Lingam (falo), o Iod hebreu.

            O, e o eterno feminino, o útero (o Yoni), o famoso He de tipo hebraico.

  1. IO. Quando entoamos esta última sílaba da mágica palavra durante o transe sexual, então se produz a transmutação integra da libido.

Assim é como a Serpente Ígnea de Nossos Mágicos Poderes desperta para iniciar seu êxodo pelo canal medular.

Ressalta patente e manifesto o aspecto maternal da flama sagrada que de forma serpentina ascende pela espinha dorsal. Flama com figura de cobra, divina chama sexual, Mãe Sacratíssima Kundalini.

Fora do corpo físico, nossa Mãe Cósmica particular, pois cada um tem a sua, assume sempre a presença maravilhosa de uma mãe virgem.

Certa vez, não importa o dia nem a hora, achando-me for a do corpo físico, encontrei-me com a minha Mãe Sagrada no interior de um precioso recinto.

Depois dos costumeiros abraços de filho e mãe, Ela se sentou nem cômodo sofá, frente a mim, oportunidade que aproveitei para fazer perguntas necessárias.

– Estou indo bem agora, Mãe minha?

– Sim, filho meu! Vais bem.

– Ainda necessito praticar magia sexual?

– Sim, ainda necessitas.

– É possível que lá, no mundo físico, haja alguém que se possa auto-realizar sem

necessidade da magia sexual?

A resposta a esta ultima pergunta foi tremenda: “Impossível, filho meu! Isso não é possível.”

Confesso francamente e sem rodeios que estas palavras da Adorável deixaram-me assombrado. Recordei, então, com suprema dor, tantas pessoas pseudo-esoteristas e pseudo-ocultistas que anelam, de verdade, a liberação final, porém, desconhecem o Sahaja Maithuna, a magia sexual, a chave maravilhosa do grande arcano.

Inquestionavelmente, o caminho que conduz ao abismo esta empedrado de boas intenções.”

 

Até aqui as palavras do V.M. Samael Aun Weor.

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