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24 – Meditação

1 de março de 2016 - Fase A
24 – Meditação

Tema nº. 24  –  Meditação.

 

Como dissemos e temos dito, a Gnose é cem por cento prática. Aqueles que se enredam nas teorias e não praticam jamais comprovarão os fatos. A mente por si mesma não é capaz de ter provas acerca da Verdade. A mente física sequer é capaz de guardar uma lembra de vida para vida. Isso se constata ao se observar as pessoas que renascem e não se lembram de teoria alguma de suas vidas passadas. Suas mentes devem iniciar uma nova estruturação de acordo com a personalidade e seu Nível de Ser e as teorias vigentes em sua época. Nada mais!

O Nível de Ser, esse sim pode ser alterado e carregado de vida para vida. Assim, devemos lutar para eliminar nossos defeitos psicológicos, para que possamos mudar de NÍVEL DE SER. Outro fato que se pode levar de vida para vida é o despertar da consciência. É neste ponto que a Meditação tem função primordial. Com a meditação damos um choque na consciência, a qual vivencia por si mesma a realidade dos mundos Superiores, especificamente ao que chamamos de sexta dimensão. Deste modo, essa vivência de saber o que é a vida além da mente e dos egos, nunca se perde, pois é uma conquista da alma. A sexta dimensão é a morada da alma. Isso fica vibrando dentro da Mônada eternamente.

O que dissemos acima tem extensa documentação em livros antiquíssimos do Oriente.

As escolas orientais muitas vezes se dividem em escolas de Ação e escolas de Visão.

As escolas de Ação se caracterizam por pontuar suas práticas no que concerne ao despertar da Serpente Ígnea de nossos mágicos poderes e à morte do mim mesmo, na auto-observação etc.

As escolas de Visão são aquelas que se fundamentam dando prioridade à Meditação.

Aquelas são Revolucionárias: estas são Místicas.

Isso gerou um conflito entre algumas escolas assim polarizadas, porém a harmonia no desenvolvimento espiritual está na complementação de Ação e Visão.

O êxtase da Meditação, logrado por muitos exoteristas, por si só não traz a iluminação definitiva, tampouco a CONSCIÊNCIA CONTÍNUA. A consciência contínua ou TURYIA somente é conseguida quando juntamente com a visão, eliminamos uma certa porcentagem de ’eus’ e recriamos nosso ser na perfeição. Esses são os verdadeiros iluminados, ou seja, aquelas pessoas que se lembram de suas vidas passadas; que saem do corpo físico para o astral consciente e naturalmente todas as noites etc.

Com o Êxtase da Meditação apenas se despertam os três por cento de essência livre que cada um possui em média. Aqueles que o lograram de fato sentirão grandes inquietudes espirituais, lampejos de poderes da alma, mas como são cheios de defeitos interiores, podem se deixar levar pelo lado das trevas ou sofrerem de grandes confusões interiores e acabarem sucumbindo aos mundos infernos como qualquer pessoa que nunca se interessou pelos assuntos do Divino.

O equilíbrio entre estes dois extremos, Ação e Visão, é, pois, fundamental.

Meditação é pura mística.

Lembram-se que na primeira lição falamos que os quatro pilares da Gnose são FILOSOFIA, MÍSTICA, CIÊNCIA E ARTE. Assim, a Meditação é a parte Mística da Gnose.

Entendamos por mística a vivência direta das coisas que acontecem acima do mundo físico.

Agora vamos passar a parte que mais interessa aos gnósticos, a prática.

A prática da Meditação tem sido definida simploriamente como ‘colocar a mente em branco’. Porém, preferiremos o termo mais exato ‘concentração perfeita no vazio iluminador’.

Deste modo, o termo acima exposto nos expõe a técnica. A meditação é um passo além da perfeita concentração. Ou seja, da perfeita concentração para a meditação é um ‘pulinho’.

Abriremos um pequeno parêntese aqui para esclarecer que o termo meditação vem sendo muito mal utilizado, fazendo-se confundir com raciocinar ou refletir. Não é essa a verdade. Portanto, daremos o valor exato a cada termo. Raciocinar é o costumeiro batalhar das antíteses; daquelas teorias antitéticas sem fim, cujas verossimilhanças e sentido racional fazem parecer-se cada qual como se a verdade fossem, porém para cada teoria, existirá sempre uma outra tão valorosa quanto, porém exatamente oposta. Por sua vez, Refletir é a maneira como a alma utiliza a mente, ou seja, investigar a verdade com a imaginação e a compreensão, buscando a verdade tal qual como ela é.

Meditar é algo diferente destes dois processos; é concentrar a mente no vazio, ou seja, devemos descartar de pronto o inútil batalhar das antíteses, pois a verdade não é uma questão de escolher essa ou aquela teoria; devemos, ainda, ir além da reflexão serena se é que de fato queremos adentrar o mundo da Verdade.

A meditação nos leva diretamente para a Sexta Dimensão da Natureza, além do mundo Astral; além do Mundo Mental.

Na sexta dimensão é a própria alma que capta diretamente a verdade em pleno movimento. Ali nossa Essência, nossa Consciência, move-se por si mesma. A sexta dimensão é o mundo das causas naturais. É o mundo da Alma.

É indispensável a mescla do sono com a MEDITAÇÃO. É através do sono, que a alma sai para a sexta dimensão, no caso concreto de o praticante ter atingido a perfeita concentração no vazio. Aliás, a Meditação sem sono não é aconselhável, pois pode até danificar a mente.

Quando um praticante medita ele busca “informação, poder ou iluminação“.

Atingida a perfeita concentração em qualquer coisa, o praticante far-se-á a seguinte pergunta: – É esta a verdade? Onde está a verdade? … e segue neste estado de perfeita concentração, porém agora no vazio, tratando de dormir neste estado.

O êxtase dos sábios advém quando o praticante dorme concentrado no vazio, ocasião em que a Essência sai para sua morada e experimenta por si mesma a verdadeira felicidade e a autêntica liberdade. Afirmamos que a verdadeira felicidade e a verdadeira liberdade não dependem de nada exterior para surgirem, elas existem dentro de nós mesmos aqui e agora. A verdadeira felicidade e a verdadeira liberdade são perenes na morada da alma.

O êxtase da meditação é algo que segue vibrando na alma daquele que o logrou eternamente. É uma experiência realmente transformadora. Ele nos dá muita força e conhecimento daquilo que é o ego e daquilo que é realmente a alma. Isso nos dá muita força para lutarmos contra os detalhes que engarrafam a nossa Consciência.

Lembremos que não é necessário que o praticante se preocupe em o que ele vai investigar na Sexta dimensão, pois a Consciência sabe o que fazer lá. A mente e o desejo jamais adentram na morada da alma. Ali imperam a Intuição e Vontade puras.

Não é demasiado dizer que a Meditação deve ser uma prática diária para os gnósticos.

Damos como sugestão para prática a concentração no coração, tal qual ensinamos na lição precedente. Pratiquemos diariamente, até lograrmos a perfeita concentração. Ao atingirmos esse ponto, faremos o passo seguinte: – Mas não é isso que eu busco. Eu busco a verdade! Onde está a verdade? E segue-se perfeitamente concentrado neste estado, juntando-se o sono. Se dormirmos e não lograrmos o êxito, é porque a concentração não foi perfeita, algum pensamento restou, algo qualquer nos desconcentrou etc. Tornemos, pois, a praticar.

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O mérito do esoterista é não desistir jamais. A coragem de buscar nossas debilidades e corrigi-las, com o fim de atingir a perfeição em todas as práticas é um modo de vida.

Não é demasiado dizer que as demais práticas diárias bem feitas, principalmente a não identificação com as coisas da vida diária, a auto-observação de nós mesmos, seguida de morte em marcha (a morte do mim mesmo, do ego) são fundamentais para se chegar à noite com a mente tranquila o suficiente para almejar o êxito na prática da Meditação. Também não nos esqueçamos de buscar um lugar silencioso para a realização de nossas práticas.

Necessitamos urgentemente aprender a fazer as tarefas diárias com concentração naquilo que estivermos fazendo, sem nos preocupar com as tarefas futuras, ou seja, fazer uma coisa de cada vez, vivenciando o aqui e agora, profundamente cônscios de que nós somos a Consciência pura e não o ‘ego tagarela’. Isso obviamente nos levará à sabedoria, que de per si é pérola da alma. Também nos enviará a um patamar de harmonia e paz, bastante propícias para as práticas da meditação durante as horas do sono.

Obviamente, não devemos nos esquecer de que os Três fatores de Revolução da Consciência, conforme ensinamos no Curso de Gnose, é o que nos proporcionará de fato a melhoria de nosso estado psicológico, elevando efetivamente nosso Nível de Ser. Lembrando que os Três Fatores de Revolução da Consciência, são o NARCER, o que nos permite a cristalização dos princípios solares em nós; o MORRER, que nos proporcionará a pureza angelical através da eliminação de nossos agregados psíquicos, restando a alma virginal pura; juntamente com o desenvolvimento do amor aos nossos semelhantes, através do SACRIFÍCIO pela humanidade.

Como dizemos os gnósticos: nós não consumimos álcool ou qualquer psicotrópico, somente bebemos o “vinho da meditação na taça da perfeita concentração”.

 

RECAPTULANDO:

 

– Meditação é Mística;

– com o Êxtase da Meditação despertamos a Consciência aos três por cento de essência que possuímos;

– Meditar e concentração no vazio iluminador mesclado com sono;

– o Êxtase na meditação é quando dormimos concentrados no vazio iluminador;

– durante o Êxtase nossa Essência livre, nossa Consciência sai para a Sexta dimensão da Natureza. Ali ela se move por si só e experimenta de forma direta a Verdade, a Felicidade e a Liberdade autênticas;

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