Tema nº. 10 – Os Sete Corpos. (Anatomia oculta)
Todo ser humano possui sete corpos em sua anatomia oculta, em plena concordância com a maravilhosa Lei dos Sete, que permeia todo o Cosmos, a saber:
Corpo Físico
É o nosso veículo da terceira dimensão de natureza celular. Ele é necessário para o trabalho esotérico. Somente a partir do mundo físico é possível estabelecer as bases para o avanço espiritual. Deste modo, sem o corpo físico não seria possível iniciarmos o trabalho sério sobre nós mesmos. Lembremos que as bases do trabalho são os TRÊS FATORES DE REVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA, assim como o Nosso Senhor, Jesus Cristo, nos ensinou. Quero me referir ao MORRER, NASCER E SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE. Na terminologia cristã:
’…negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e siga-me’.
Corpo Vital
Também possuímos um corpo vital, de constituição termo-elétrica. Ele tem a mesma forma e envolve todas as células do corpo físico. É o lingan-sarira do oriente, ou fundo vital. É o corpo de luz azulada que muitos veem envolvendo o corpo.
Ele é composto por quatro éteres:
- Éter da Vida: Responsável pelos nossos processos de reprodução;
- Éter Químico: Possibilita os processos orgânicos e bioquímicos do nosso organismo;
- Éter Luminoso: É o calor do nosso corpo. Também tona possível ao corpo físico as percepções sensoriais e extrassensoriais. (por exemplo: acesso à quarta dimensão, telepatia, clarividência, etc.)
- Éter Refletor: Imaginação e vontade.
Sobre esse tema há um pormenor de ordem prática que devemos elucidar. Certas pessoas tem dificuldades em trazer ao corpo físico as recordações dos sonhos, ou do ocorrido conscientemente na quinta dimensão. Isso se deve a uma pequena desordem no corpo vital. Como já ensinamos, a chave para se trazer as recordações do mundo astral é permanecer imóvel na cama ao acordar e ir intencionalmente lembrando os sonhos. Acontece que mesmo assim algumas pessoas tem dificuldades. Então, para essas pessoas, pois não lhes trabalham bem a ‘donzela das recordações’ (uma certa parte do corpo vital), devem fazer uma breve e singela oração ao Pai que está em secreto, para que tire de nosso corpo nos momentos do sono a ‘donzela das recordações’, ordenando a ela que traga para o corpo físico as lembranças de tudo que ocorreu no mundo astral; para que ela trabalhe, enfim.
De tudo que ocorre nos momentos do sono podemos tirar informações para o nosso trabalho interior. Assim, devemos nos esforçar para trazer as recordações cada vez mais completas.
Corpo Astral
É o nosso veículo de manifestação da 5ª dimensão, corpo das emoções e dos pensamentos. Na verdade, devido ao nosso atual estado de degeneração psíquica, somente possuímos um pseudo-corpo astral. Ou seja, o nosso corpo astral é hoje em dia como um espectro, um fantasma astral, não está completamente formado, não possui individualidade (unidade) alguma.
Vamos detalhar um pouco mais esta questão: O fato é que este veículo está a serviço dos ‘eus’. E é justamente esta a questão. Não possuímos um corpo único de emoções; isso é o que se quer dizer quando, acima, escrevemos que ele não tem individualidade. Assim o é, pois ora deixamos um ego tomar conta de nossa máquina, ora outro. Muitas das nossas emoções são inconscientes e subconscientes. Negativas em geral. Somos seres sentimentalóides, enfim.
Um Mestre que possua o verdadeiro corpo astral, o eidolon de Paracelso, o unificado e luminoso corpo astral solar, o fabricou conscientemente e isso nós o podemos fazer utilizando a mesma energia com que fomos criados. Quero me referir à energia sexual. O sábio utiliza-se do excedente da sua energia sexual para transmutá-la e fazê-la coagular em forma de amor e luz no corpo astral que está sendo criado. É assim que nós também poderemos fabricar o nosso corpo astral individual, o qual serve à consciência, à essência, à alma. O modus operandi, a maneira, as técnicas da alquimia serão detalhadas nos capítulos que versam sobre MAGIA SEXUAL – o segundo fator de revolução da consciência, ou seja, o ‘nascer’.
Com o eidolon nos tornamos imortais na quinta dimensão; conseguiremos vivenciar, enfim, as emoções mais divinas com que foram, por exemplo, compostas algumas das grandes obras de arte da humanidade; compreenderemos a compaixão e estaremos bem próximos do amor verdadeiro. Conquistaremos, também, o direito de realizar viagem astral conscientemente e de maneira positiva, sempre que queiramos.
Isso não quer dizer que não possamos conseguir o desdobramento astral com nosso corpo astral espectral atual. O fato de não termos fabricado o eidolon nesta vida, nem em vidas anteriores, apenas nos limita as experiências vividas no mundo astral. Ou seja, não poderemos adentrar em todos os templos sagrados. Nossa percepção geralmente sofrerá a desastrosa interferência do ‘eu’, o qual traduz e impõe conceitos e sentimentos pré-concebidos, tudo através de sua velha maneira tosca e limitada de ver as coisas, longe do silêncio e da verdade. Sem mencionar ainda o que há de mais desastroso: a fantasia e o desejo. Lembremos que a alma é o silêncio mais inefável que pudermos encontrar dentro de nós mesmos e que a tudo permeia; lembremos, ainda, que a mente deve ser fluídica e intuitiva, captando a verdade das coisas de modo direto e não indutivo. Mas essas questões da mente são um assunto para o nosso próximo corpo…
Corpo Mental
O Corpo Mental também é um veículo de expressão da Quinta Dimensão da Natureza.
Assim como acontece com o corpo astral, não o possuímos; ele não tem unidade… Temos que fabricá-lo.
Hoje em dia, devido ao nosso estado de consciência, possuímos apenas uma legião de formas mentais das mais insólitas no mundo mental. Essas aberrações caracterizam, não obstante, o modo tosco, selvagem e mesquinho de pensar dos nossos agregados psicológicos.
O corpo mental é um veículo que está embutido no corpo astral. Para se fazer o desdobramento mental, basta se estar consciente na quinta dimensão, através do desdobramento astral, conforme ensinamos em lições precedentes, e, ali, fazer um movimento como que tirando algo de cima de si, dando uma ordem resoluta ao corpo astral: – corpo astral, sai de mim! Nestes instantes ficam os dois corpos frente a frente e podem conversar. É aí que nos damos conta que não temos um corpo mental individual, pois surge uma legião completa de demônios: estes com aparência de homens, aqueles com formas de animais, outros com formas de bestas demoníacas. E imaginar que estas formas todas nos habitam… Essas são as formas das nossas maneiras inconscientes, subconscientes e infraconscientes de pensar.
Leia-se o livro ‘A Águia Rebelde’ do V.M. Rabolú, para mais informações sobre o desdobramento mental.
O corpo mental deve ser fabricado do mesmo modo como se fabrica o corpo astral. Acrescentamos apenas que o excedente de energia sexual a que nos referimos, está relacionado com a respectiva serpente que estivermos levantando. Ou seja, o excedente da terceira serpente de fogo (ou Kundalini do mundo astral) criará o eidolon, a da quarta (ou Kundalini do mundo mental) criará o Corpo Mental Solar e assim sucessivamente. Esses são os trajes de bodas mencionadas pelo ‘Apocalipse de São João’. Aquele que fabricou o corpo mental é um Buda Vivente. Poderá escolher onde e quando renascerá para terminar o seu trabalho, por exemplo. Entre outras maravilhas…
Quero abrir um pequeno parêntese agora, para mencionar que algumas pessoas podem já ter criado os corpos astral e mental em vidas anteriores, até um tanto remotas, mas por terem caído novamente em pecado perderam a consciência deles e de tudo o mais, porém, em virtude de tê-los criado, podem ter extrema facilidade em realizar o desdobramento astral e mental. Na quinta dimensão essas pessoas virão um corpo luminoso, maravilhoso, muito além do espectral, comum e corrente. Essas pessoas infelizmente devem refazer o trabalho desde o início para readquirirem os direitos e poderes perdidos, entre eles o da imortalidade.
Senhores e senhoras, estes são os quatro corpos de pecado. Assim são chamados, pois servem de veículos de manifestação a nossa legião de defeitos. São os acima mencionados corpos físico, vital, astral e mental. Para se liberar esses corpos da ação desastrosa dos eus, devemos passar nosso centro de gravidade para a consciência livre.
Para se fabricar os corpos de bodas da alma, ou seja, o corpo astral e mental individuais solares é necessário trabalhar intensamente com os três fatores de revolução da consciência: MORRER, NASCER E SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE. Para que algo nasça, é necessário que gérmen tenha morrido primeiro. Para se aprender a amar, temos que nos desegoistizar.
Os outros três corpos que o homem possui estão além dos defeitos. Ou seja, eles não servem de veículos de manifestação para o eu; eles estão mais além dos quatro corpos do pecado. Estamos nos referindo aos corpos Causal, Budhico e Átmico.
Corpo Causal
Como já dissemos anteriormente, o Corpo Causal está além dos defeitos psicológicos que caracterizam o mim mesmo. Ele é o veículo de expressão da sexta dimensão.
Assim como acontece com os corpos astral e mental, nós não possuímos o corpo da vontade-consciência. Necessitamos fabricá-lo através dos três fatores de revolução da consciência. Não possuímos uma vontade única e verdadeira. Se analisarmos friamente as coisas como realmente elas acontecem dentro de nós mesmos, através da auto-observação, nos daremos conta que são os desejos que nos impulsionam; quando deveria ser a consciência livre e sapiente do caminho a seguir e das consequências de nossos atos, quem deveria empunhar a vontade. A vontade é um poder terrível que o homem nem sequer imagina ter. Os desejos escravizam; a vontade nos liberta.
Aquele que logra fabricar seu corpo causal solar torna-se um homem-autêntico perante as Hierarquias. Antes, ou seja, no nosso estado de consciência atual, somos apenas homúnculos racionais tricentrados ou tricerebrados, meras vítimas das circunstâncias. Não somos nem sequer capazes de criar conscientemente circunstancias favoráveis para nós mesmos. Deixamos apenas o ego satisfazer os seus desejos sem fim e isso é tudo. Como disse o Buda ’temos que eliminar até a sombra dos nossos desejos’.
É urgente que nos conscientizemos da necessidade premente de eliminarmos nossos defeitos psicológicos, egos, criações diabólicas até a raiz, para que nos tornemos dignos e donos de nossos processos psicológicos. Mas antes temos que entendê-los e isso é o que vamos ensinar detalhadamente em lições futuras: A OBSERVAR, ANALISAR, JULGAR E ELIMINAR O EGO ANIMAL. Ensinaremos, ainda, como nos aproximarmos e conhecermos nossas partes superiores, através do processo do Despertar a Consciência, através da Meditação Transcendental. Notem que a morte do ego animal toca a parte baixa de nosso ser e a Meditação toca a parte Divina, o próprio Ser.
A meditação é uma técnica muito simples, porém difícil são os que prosperam nela, pois exige continuidade de propósitos e perspicácia. Essa técnica de Meditação, que vou ensinar agora, serve, especialmente, para se chegar a conhecer o Pai Íntimo, que cada um possui o seu, dentro de nós mesmos. Deitados em confortável posição e local, longe da agitação do mundo, relaxamos bem o corpo e passamos a nos CONCENTRAR em nosso corpo físico. Coloquemos nossos cinco sentidos e a mente no corpo físico. Imaginemos sua constituição, principais órgãos, etc. Lembremos que imaginar é ver. Depois falamos para nós mesmos: ‘eu não sou esse corpo físico’ e em seguida passemos a nos concentrar em nosso corpo vital. Tratemos de perceber ele dentro da gente. Imaginamos seu brilho, seus principais vórtices de energia, etc. lembremos que concentração é ter na mente apenas um só pensamento. Depois dizemos para nós mesmos: ‘eu não sou esse corpo vital’. E passamos a fazer uma PERFEITA CONCENTRAÇÃO no nosso corpo de emoções. Em seguida no nosso corpo mental. Depois no nosso corpo de vontade e assim como os demais terminamos dizendo: ‘eu não sou a vontade, eu não sou esse corpo de vontade’. Posteriormente passamos a nos identificar com a consciência pura. Nesse estágio já estaremos na sexta dimensão. Aí diremos: ’eu não sou essa consciência, eu sou Ele, Ele, Ele!’.
Corpo Budhico
O Corpo Budhico, ou Intuicional é mais um veículo de expressão da sexta dimensão da natureza. Porém ele é um veículo de expressão do nosso Ser.
Explicando isso um pouco melhor, é conveniente agora que nos lembremos do termo latim religare, de onde saiu a palavra RELIGIÃO e seus derivados. O fim último da GRANDE OBRA é que nos religuemos com o nosso Real Ser Íntimo. No nosso estado atual de consciência estamos desligados, desconectados do Pai que está em secreto. Necessitamos nos religar com Ele.
Para se entender melhor a natureza do Corpo Budhico é interessante analisar esse dito dos grandes Mestres: O Íntimo é como um fogo Divinal que flameja incessantemente no âmago de Budhi. Ela é como um fino cristal divinal, um vaso de alabastro. Ela é a forma, a segunda energia do Cosmos. O amor incondicional. Nossa Divina Mãe.
Em nosso estado atual de consciência, por estarmos desconectados do Pai, somos como um aposento com lâmpada, mas, não obstante, sem luz, pela simples razão de esta estar desconectada. Por isso carecemos de iluminação. A luz da consciência não penetrou jamais em nosso mundo interior. Assim, não é de admirar que não nos conheçamos; que não conheçamos o nosso ego; que não conheçamos, tampouco, as nossas partes divinas.
Não possuímos INTUIÇÃO.
A intuição é o meio de comunicação direto com Deus. É a maneira de ouvir a “Voz do Silêncio”, para usar a terminologia da Mestra Blavatisk. Aquele que possui a verdadeira INTUIÇÃO é capaz de, por exemplo, chegar a encontrar uma pessoa numa grande cidade sem ter o endereço dela; se salvar de desastres; entre outras maravilhas.
Mas, o principal a respeito da Intuição é podermos fazer a vontade do Pai. “Seja feita a Sua vontade assim na terra como nos céus”. Como poderemos fazer a vontade do Pai, se não sabemos ouvi-lo? Como poderemos deixar de acumular Karma sobreKarma sem sabermos os caminhos verdadeiros do Pai?
Saibamos de uma vez por todas, que um dos maiores impedimentos para o desenvolvimento da Intuição é a mente. Futuramente desenvolveremos melhor esse tema, por hora urge dizer que a mente interrompe a comunicação com a parte Superior de nosso Ser. A mente na verdade era para ser um instrumento para servir à Consciência. Mas, para essa atual geração degenerada, da qual participamos, a mente passou a ser endeusada. Transformamo-la em uma ferramenta ativa que interpreta a tudo e nos impede de ver a verdade, de ver o novo. Isso torna nossa psique fácil de ser controlada, pois somente aceitaremos aquilo que esteja no programa, aquilo nos ensinaram. O novo, A VERDADE, a Intuição somente aparecem quando os processos do pensar se calam e a CONSCIÊNCIA pode penetrar a tudo, capturando a verdade em pleno movimento, sem julgar ou pré-julgar, apenas compreendendo o visto.
Com a Meditação é possível libertar a mente dos ferros dos padrões impostos, fazendo-a, primeiramente, se calar; depois, ela aprende a se concentrar e por último ela se ilumina, aprendendo a ver e compreender a verdade das coisas tal qual ela é. MEDITAÇÃO É A DISPLINA DA MENTE. É uma prática indispensável para fazer a mente voltar a trabalhar da maneira correta.
Durante a Meditação alguns dizem que devemos colocar a mente no vazio. Mas, isso pode ser mal compreendido, se dito assim sem explicação. Na verdade seria mais interessante dizer que silenciamos os processos do pensar e aprendemos a ver as coisas com a CONSCIÊNCIA. Porém, Deus, está ainda mais além da consciência…
Corpo Átmico
É um veículo que, assim como o corpo Budhico, está desconectado de nós. É mais um veículo de expressão do Íntimo, do Pai que está em secreto, nosso real Ser. Ele é um mistério que urge ser vivenciado. Não há palavras para descrevê-lo.
Com o trabalho dos TRÊS FATORES DE REVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA regeneramos o corpo físico, revitalizamos o vital, construímos os corpos astral, mental e causal e nos religamos com nossa Mãe e nosso Pai Íntimos. Esse é o caminho da autêntica Santificação.
RECAPITULANDO:
Os sete corpos:
- corpo físico;
- corpo vital ou lingam sarira;
- corpo astral ou eidolon – temos que fabricá-lo – com isso vencemos a morte física;
- corpo mental – temos que fabricá-lo – assim nos tornamos Budas viventes;
- corpo causal – corpo da vontade-consciência – com ele nos tornamos homens autênticos perante as Hierarquias;
- corpo budhico ou corpo intuicional – possuímos, mas estamos completamente desconectados de nossa Mãe Íntima;
- corpo Átmico
- é o Pai que está em secreto.
Uma opinião sobre “10 – Os Sete Corpos. (Anatomia oculta)”
Gostei muito do esclarecimento sobre a constituição septenária,ajudou a clarear algumas dúvidas sobre o veículo institucional (Budhi).