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26 – A Vida e o Nível do Ser

29 de fevereiro de 2016 - Fase A

Tema nº. 26 –   A vida e o Nível de Ser.

 

Leiamos esse prólogo da 2a. edição do livro intitulado “Tratado de Psicologia Revolucionária” de Samael Aun Weor:

Qual é o objetivo real de nossa existência? Para que estamos aqui? Por quê?

            Isto é algo que devemos elucidar com claridade meridiana; isto é algo que devemos sopesar, analisar, julgar serenamente.

            Vivemos, no mundo, com que objetivo? Sofremos o indizível para quê? Lutamos para conseguir isso que se chama pão, agasalho e abrigo e, depois de tudo, o quê? Em que ficam todos os nossos esforços? Viver por viver, trabalhar para viver e logo morrer, é, acaso, algo maravilhoso? Em verdade, amigos, faz-se necessário compreender o sentido de nossa existência, o sentido do viver.

            Há duas linhas na vida: uma delas poderíamos chamar horizontal, a outra, vertical. Elas formam como que uma cruz dentro de nós mesmos, aqui e agora, nem um segundo mais adiante, nem um segundo mais atrás. Necessitamos objetivar um pouco estas duas linhas.

            A horizontal começa com o nascimento e termina com a morte; ante cada berço existe a perspectiva de um sepulcro, tudo o que nasce deve morrer. Na horizontal estão todos os processos do nascer, crescer, reproduzir-se, envelhecer e logo morrer. Na horizontal estão os vãos prazeres da vida: licores, fornicações, adultérios, etc. Na horizontal estão a luta pelo pão de cada dia, a luta por não morrer, por existir sob a luz do sol. Na horizontal estão todos esses sofrimentos íntimos da vida prática, do lar, da rua, do escritório, etc. Nada maravilhosos pode nos oferecer a linha horizontal. (nota: aqui tudo é passageiro…)

            Mas, existe outra linha totalmente diferente; quero referir-me, de forma enfática, à vertical. Esta vertical é interessante. Nela encontramos os distintos NÍVEIS DO SER; nela estão os poderes transcendentais e transcendentes do Íntimo; nesta vertical estão os poderes esotéricos, os poderes que divinizam, a Revolução da Consciência, etc. Com as forças da vertical nós podemos influir decididamente sobre os aspectos horizontais da vida prática; podemos mudar, totalmente, nosso próprio destino, fazer de nossa vida algo diferente, algo distinto e passarmos a ser algo totalmente distintos do que fomos, do que somos, do que temos conhecido nesta amarga existência. A vertical é, pois, maravilhosa, revolucionária por natureza; porém, necessita-se ter um pouco de inquietudes.

            Antes de tudo, pergunto-me e pergunto a todos: estamos, acaso contentes com o que somos? Quem de vocês sente-se feliz, no sentido mais completo da palavra?

Esse é o espetacular prólogo do mencionado livro. Apenas nos limitaremos nesta lição a esclarecer e ampliar um pouco alguns pontos…

26-1

A vida na verdade tem sido uma incógnita para aqueles que refletem a cerca dela. Disse Platão que a coisa mais importante da vida é a busca da VERDADE. Eis aqui, pois, o intuito da Gnose.

Todas as práticas que passamos aqui servem para que adentremos em dimensões superiores, nas quais poderemos investigar por nossa própria conta a VERDADE.

O desdobramento astral, como dissemos, é imprescindível, é uma tarefa que nos dão os Mestres, pois é na quinta dimensão onde poderemos nos entrevistar diretamente com os Grandes Mestres da Loja Branca.

Os ensinamentos meramente teóricos que temos passado aqui de nada servem se não forem efetivados em atos, e os atos em resultados positivos e reais. O conhecimento real, a VERDADE, não é teórica, ELA é vivenciável. A verdadeira felicidade, por exemplo, é vivenciada quando escapamos dos egos e da mente. Aquele que a vivenciou jamais a esquecerá. A verdadeira felicidade não precisa de motivos… Ela é parte da alma livre, da ESSÊNCIA.

A vida humana comum e corrente é uma cadeia de acontecimentos. Nada mais.

Aqueles que se identificam com seus próprios problemas, orgulhos e satisfações dos desejos estão longes de vivenciar a ‘verdade’.

A não identificação com as coisas da vida diária é fundamental.

Não quer dizer que seja fácil não se identificar com nossos problemas, por exemplo, de falta de dinheiro, doença de familiares, etc. O fato é que tudo passa…

Temos que sacrificar nossos próprios sofrimentos para adentrar no caminho secreto.

Ou seja, temos que aprender a levar nossas dores à compreensão e à morte em marcha. Há uma famosíssima frase budista que diz: “se um problema tem solução, solucionamo-lo e não precisamos nos preocupar com ele; se o problema não tem solução, então, não o solucionamos e também não precisamos nos preocupar com ele“. Isso no gnosticismo é dito em outros termos: RECORCAÇÃO DE SI MESMO.

É fácil não nos identificarmos com o exterior (com a linha horizontal da vida) quando estamos em recordação de nós mesmos. Como já esclarecemos em lições anteriores, estar em recordação de si é nos identificarmos com a alma, em silêncio mental e com o coração tranqüilo, em estado de auto-observação, sem sentir a atuação de qualquer ego.

Porém, como bem sabemos, o ego sempre quererá se manifestar espontaneamente desde nosso interior, ou até mesmo pode ser que algum ego desconhecido já esteja se manifestando em nosso interior; é quando o atento estudante, de pronto, pedirá a eliminação do eu intruso.

Muitos de nós, ao nos lembrarmos dos fatos acontecidos no passado, focamo-nos em acontecimentos exteriores. Dizemos, por exemplo, que se algum fato desagradável que aconteceu conosco, não tivesse acontecido conosco, talvez não tivéssemos tal ou qual medo; ou ainda, diríamos: se aquele negócio tivesse dado certo, hoje seríamos ricos, etc. etc. etc. Porém, ao contarmos nossas histórias, nos esquecemos do essencial: daquilo que somos; do nosso NÍVEL DO SER; dos nossos valores e estados interiores. De modo que todas as nossas histórias, da forma como temos contado, estão incompletas.

Jamais poderíamos avaliar nossa vida apenas pelos acontecimentos exteriores, pois nossos estados interiores são os que muitas ao atraíram, e mesmos se alguns dos acontecimentos que julgamos desventurados não tivessem acontecido, nossa vida de modo algum teria sido diferente, pois nossas limitações interiores não permitiriam que as coisas se desenrolassem sem nossos sabores psicológicos próprios, a não ser que mudássemos interiormente. Aí então passaríamos a ver a vida de modo diferente. Esse é o ponto crucial de toda a questão. MUDANÇA. NECESSITAMOS MUDARMOS RADICALMENTE.

A vida para os gnósticos deve ser simples.

O amor a Deus deve estar em primeiro lugar.

Aquele que ama a Deus aprende a amar os outros como a si mesmo.

O gnóstico deve permanecer vigilante quanto a tudo que se passa no seu interior, transformando as impressões que vem do exterior e eliminado as reações equivocadas, ou seja, os egos, de sua psique. O gnóstico deve fazer-se ser perfeito por dentro.

A vida do gnóstico deve ser repleta de amor e compaixão, harmonia e alegria.

O gnóstico ama sua esposa sacerdotisa e transmuta sabiamente suas energias sexuais.

A busca da verdade é o caminho da mente do gnóstico, por isso medita todos os dias a fim de buscar em Deus a verdade de todas as coisas.

Um gnóstico procura fazer a vontade do Pai que está em secreto, e, assim, intenta ouvir a voz do silêncio no fundo de seu coração tranquilo e vivificado; a isso chamamos verdadeira intuição.

Dedicamos, no decorrer deste curso, um tema inteiro a que os neófito compreendessem a diferença entre ‘estados’ e ‘eventos‘. Trata-se de um tema muito importante que bem merece ser compreendido a fundo. Assim, pois, distingamos EVENTOS, que são EXTERIORES, de ESTADOS, que por sua vez são INTERIORES.

Lembremo-nos, ainda, do hipotético cruzamento das linhas verticais e horizontais, às quais o Mestre se refere no início desta lição.

Desta maneira, os estados interiores são representados pela linha vertical. Os eventos exteriores são representados pela linha horizontal.

Imaginemos, ainda, que a linha vertical é uma escadaria.

Nesta escada maravilhosa estão representados os NÍVEIS DE SER de cada um de nós. Degraus acima encontramos pessoas melhores do que nós. Degraus abaixo, pessoas piores. Acima de nós, pessoas com níveis de luxúria, inveja, vaidade, gula, preguiça, etc. menores do que os nossos. Abaixo de nós pessoas mais perversas em níveis e níveis distintos. Porém, todos têm a possibilidade de se melhorarem internamente de fato a qualquer momento, basta que o queiram e realizem de fato em si mesmos as mudanças, utilizando-se das técnicas corretas e eficazes. E isso é possível quando aprendemos a observar, conhecer e eliminar de nossa psique os defeitos psicológicos, os quais se caracterizam pelo mim mesmo da psicologia atual e que são responsáveis por desvirtuar nossa consciência, adulterando as percepções do real.

O verdadeiro Ser é Deus.

Nós, aquilo que se manifesta por nós mesmos hoje em dia, somos o que engarrafa a nossa consciência, os egos.

A consciência, a ESSÊNCIA vem das estrelas. É divina por natureza. Pura. Necessitamos com urgência máxima conhecermo-nos tal qual nós somos, momentos em que comprovaremos a existência dos egos, que nos conscientizaremos que devem MORRER.

Morrendo os egos, a Essência passará a atuar mais consistentemente.

Então, sentiremos cada vez mais em nossos corações a necessidade de NOS SACRIFICARMOS POR NOSSOS SEMELHANTES E DE RENASCERMOS EM CRISTO.

Assim, estaremos no aproximando mais e mais do novo de forma direta, do real. E é desta maneira que vamos alcançando níveis de ser mais elevados, até nos religarmos com DEUS, nosso real SER. Meditai e morreis em si mesmos. Amais a humanidade, sacrificai-vos por ela; avançais no trabalho esotérico e conquistais as benesses.

Um pouco acima dissemos algo que merece ser elucidado. Quero me referir ao fato de que o que somos interiormente atrai fatos exteriores da mesma índole.

Assim, em ladrão atrairá para si cenas e situações de roubo. Um luxurioso atrairá a luxúria. Etc. Isso é obvio.

Porém, precisamos esclarecer que até aquelas nossas ruminações internas subconscientes nos atraem cenas e fatos dessas qualidades, cujas consequências podem ser desastrosas. Assim, nós atraímos de maneira inconsciente para nós mesmos doenças, dramas, comédias, tragédias, coisas desagradáveis, etc.

Desta maneira, claro está, que ao mudarmo-nos internamente, automaticamente, atrairemos eventos mais agradáveis para nós mesmos.

Como prática, façam um levantamento de qual é o nível de ser atual que possuem, utilizando-se da AUTO-OBSERVAÇÃO, conforme as técnicas que temos passado. E comecem a eliminar de suas psiques desde agora mesmo todos os elementos indesejáveis que identifiquem, até o ponto de não mais os sentir dentro de vocês mesmos. Trabalhem com intensidade, poder e força. Mãos à obra.

 

RECAPITULANDO:

 

– a vida pode ser representada por duas linhas: uma vertical e outra horizontal;

– na horizontal estão o nascer, crescer, envelhecer e morrer;

– na vertical está a evolução do Ser;

– existem nesta vertical vários níveis para se chegar até a perfeição, até Deus;

– a imperfeição interior absoluta representa o nível mais baixo desta escada;

– estamos em um certo nível nesta escada maravilhosa;

– quando eliminamos alguns eus, passamos a níveis mais altos; ou seja, estaremos mais próximos de Deus;

– o eterno aqui e agora é representado pelo exato ponto onde a linha vertical se une à linha horizontal; isto é, viver sabiamente em plena auto-observação de nós mesmos, morrendo em nós mesmos; viver o mundo interior em pleno mundo físico. Isto é, DESPERTAR A CONSCIÊNCIA.

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