Menu

15 – Ego, Personalidade e Essência

1 de março de 2016 - Fase A

Tema nº. 15 –   Ego, Personalidade e Essência.

 

Temos falado muito nos três fatores de revolução da consciência, mas até a presente lição não a temos explicado pormenorizadamente. A partir desta lição vamos, para o bem de todos, esmiuçar essas três práticas essenciais para qualquer tipo de desenvolvimento real da alma. Que as musas nos iluminem nesta grande empreita.

Não demasiado alertar que a única maneira da alma evoluir é através dos três fatores de revolução da consciência. Assim, os métodos de auto-sugestão, posetivismo e as teorias de evolução passiva através dos retornos sucessivos da alma não trazem melhoria da sua qualidade. A melhoria da qualidade da alma está intimamente relacionada com a quantidade de alma, de modo que ao criarmos mais ‘eus’, ainda que de tipos opostos, ao que alguns chamam de positivos, isso não nos libertará. O aumento de quantidade de eus, sejam negativos ou positivos, em verdade apenas engarrafará mais ainda a alma, fazendo com que continuemos a agir de maneira pré-determinada. Acontece que ao criarmos eus positivos, os eus negativos não são eliminados, apenas ficam em segundo plano, assumindo um papel de eu tentador, esperando a melhor ocasião para voltarem a atuar. Por exemplo, os eus de alta e baixa estima são opostos e ambos, ainda que alguns o chamem de positivo e negativo, respectivamente, são simplesmente desvios da consciência, ou seja, egos. Será muito melhor se o neófito se livrar de ambos e passar a viver sob a verdade da alma, livre, e sem ficar pensando no que os outros pensam dele, e nem como ele pensa dele mesmo. Estes últimos, são mais dois egos que bem vale a pena eliminar. A alma é a verdade de instante em instante; o novo de momento em momento. Na lição Lei do Pendulo entenderão que autoestima é apenas o contrário da baixa-estima e que a verdade está no meio de ambas. Ou seja, na ausência de ambos.

O método de ‘enfiar o dedo na ferida’ de modo algum é eficaz. Ficar esmiuçando os defeitos com a mente não é, em absoluta, eficaz. Somente demos um simples exemplo, para que cada um o observe em si mesmo. Nada mais. O que propomos aqui é a auto-observação silenciosa de nós mesmos, a compreensão de nossos próprios defeitos e a radical eliminação de todo tipo de agregado psíquico que se levante em nosso mundo interior; sem buscar traço psicológico nenhum, mas, sim, buscando a alma dentro de nós mesmos. A alma é a alma. Ela está conosco desde a criação de nossa Mônada. A alma é o ‘zero radical’. A alma pura já conhece a verdade. Ela já conhece o verdadeiro amor. Ela é o verdadeiro amor. Alcança-se a Perfeição quando a Alma se une com Deus. Deus é Amor e Sabedoria. O único que temos que fazer é encontrá-los dentro de nós. A Gnose, como dissemos, é cem por cento prática e já está bem na hora de passarmos a detalhar cada um dos TRÊS FATORES DE REVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA, o método único que nos possibilita eliminar o ego, o eu da psicologia moderna, aquele que engarrafa nossa alma, interferindo na nossa relação com Deus. Os três fatores de revolução da consciência também nos possibilitam a vivência direta do real, o despertar da Consciência.

quaternario

No quadro acima vemos o chamado ‘Quaternário Inferior’, os quatro corpos do pecado, ou seja, os corpos físico, vital, astral e mental. Os chamamos de os quatro corpos do pecado, pois são através deles que o ego se expressa, restando pouquíssimas e inesperadas aparições da alma livre, porém adormecida. Pois como vemos são noventa e sete por cento de egos para apenas três por cento de consciência livre, porém adormecida. A atuação da alma no ser humano comum são as inspiração divinas, a sensação inesperada de liberdade; o momento de felicidade por nada; o sincero arrependimento; o silêncio da meditação; etc.

Começaremos, portanto, falando sobre o fator morrer. Falaremos nesta e nas próximas lições sobre a prática da ‘morte do eu psicológico‘.

O primeiro passo em direção ao êxito total na execução desta prática é definirmos quem observa quem. Ou seja, já dissemos em lições anteriores que a porta de entrada ao esoterismo prático é a AUTO-OBSERVAÇÃO consciente de si mesmo. E o início da auto-observação é justamente definirmos, não só em palavras, quem observa quem, mas sim compreendendo, vivenciando isso dentro de nós mesmos.

Portanto, diremos decididamente que é a ESSÊNCIA, a CONSCIÊNCIA, quem deve observar o ego. Inicialmente, nos serviremos dos três por cento de essência livre, porém adormecida que possuímos, para realizar essa tarefa. Isso tende a ir crescendo à medida que nos aprimoramos na técnica da correta morte do eu psicológico. Ao eliminarmos um ‘eu’, passamos a desengarrafar uma pequena porcentagenzinha de essência que ele engarrafava. Deste modo ela vai crescendo lenta, mas, progressivamente. Isso mediante a continuidade de propósitos na prática da morte em marcha. Sem a continuidade de propósitos, qualquer tipo de crescimento espiritual é impossível.

Falamos acima nos três por cento de essência livre, porém adormecida, que possuímos. Porém, o despertar desta consciência é fundamental para o sucesso das práticas esotéricas, aliás, esse é um dos objetivos da Gnose. É tão importante o despertar da consciência que alguns exoteristas, até famosos, têm confundido o despertar dessa porcentagenzinha, com a autêntica Iluminação, que apenas ocorre quando o Mestre desengarrafou e despertou os cem por cento de Consciência.

Quero deixar aqui bem claro que o despertar da consciência está intimamente ligado à meditação, que como dissemos, parte da PERFEITA CONCENTRAÇÃO e atinge o vazio iluminador. A concentração é fundamental não só para o despertar da Consciência, mas também para que o neófito aprende a dominar sua mente, a controlar suas emoções e sua vontade,enfim, para o sucesso de qualquer prática. O êxito na prática da meditação traz como resultado o despertar da porcentagem de consciência que temos livre no momento. Assim, a eliminação de eus, ou melhor, a morte em marcha libera mais consciência, a qual deve ser desperta por novo Êxtase Meditativo. Morte em marcha e Meditação, ambas se completam. Essa essência livre que foi despertada é como um Deus em miniatura, pois conhece o real, o vivenciou. A verdade fica vibrando eternamente no interior de quem conseguiu o êxtase da meditação.

Temos que deixar bem claro também, pois isso tem se mostrado um grande impedimento para o desenvolvimento do trabalho espiritual, que os processos da Essência não são processos mentais. Limitar a existência ao nível mental conduz-nos ao erro, aos maus hábitos, aos vícios, á 90% das doenças, à dor, aos sofrimentos, etc. A Essência, ou Consciência está mais além da mente. A Essência se manifesta como um rio que corre e a mente é um empecilho para o seu delicioso fluir. A sede da Essência é oCORAÇÃO TRANQÜILO. A mente é um instrumento de grande valia, é verdade; porém se estivesse sob o domínio da Essência; somente assim não causaria danos. E nunca jamais o contrário, ou seja, a mente não deve enquadrar a tudo que observa, engarrafando a consciência. Desta maneira ela, a mente, falseia a verdade, limita as coisas, etc. Portanto , a grosso modo, podemos dizer que “a mente deve permanecer passiva e a consciência ativa“. Os processos raciocinativos também não nos conduzem jamais à Verdade. Eles apenas enredam a mente a permanecer no eterno batalhar das antíteses. Pois tudo tem os dois lados. Tudo pode ser visto sob este ou aquele aspecto. Mas a Verdade, onde está? Dos processos mentais apenas devemos colher seus frutos de ouro, que são a IMAGINAÇÃO CRIADORA e a COMPREENSÃO. A essência é o silêncio que a tudo penetra.

Para se controlar a mente e conhecer a ‘gosto psicológico’ da Essência livre atuando em nós mesmos, nada melhor do que a Meditação. A meditação deve ser praticada diariamente, se é que em verdade queremos conhecer o que é a essência, como é o funcionalismo da mente, de onde vem as emoções e o que são os egos, dentro de nós mesmos. Também temos dito que “a vontade controla a mente; a mente é direcionada pelo coração tranquilo”. A continuidade de propósitos aqui também é fundamental.

 

Ego

 

Pode-se dizer que ‘ego’ é tudo aquilo que aprisiona a Verdade, ou seja, as teorias, os sentimentos negativos, desejos, planos do ego, fantasias, etc.

Temos chamado os eus desta maneira, porque eles são como entidades autônomas pensantes de fato e são multiplicidade; cada eu tem a sua maneira de pensar, de sentir e de agir. O EU PENSA, SENTE E AGE POR NÓS.

Os egos se utilizam das energias dos cinco centros inferiores da máquina humana para se manifestarem:

Intelectual – ideias que partem do subconsciente, fantasias, planos do mim mesmo, teorias pra tudo, justificativas, etc.

Emocional – apegos, sentimentos e emoções sem fundamentos reais, emoções negativas, superexcitações, etc.

Motor – gestos involuntários, pressa, posições, etc.

Instintivo – vontade de comer sem fome, desejo, medo, etc

Sexual – luxúria, morbosidade nos órgãos sexuais, fisgada dos órgãos sexuais, etc.

No Tibet Oriental os egos são chamados de agregados psíquicos. Lá eles bem conhecem a Doutrina dos muitos eus ou valores positivos e negativos.

No Sagrado Egito dos Faraós o ego era chamado de Demônios Vermelhos de Seth. Isso nos faz lembrar os Sete Pecados Capitais das Sagradas Escrituras.

Na verdade todas essas menções são referencias a essa parte negativa de nós mesmos, criações demoníacas que devem ser eliminadas radicalmente de nossa psique. Os sete pecados capitais são apenas cabeça de Legiões, ou seja, não se pode dizer que nós possuímos, por exemplo, apenas uma inveja, na verdade possuímos milhões e milhões de manifestações de inveja, nas mais variadas formas, combinações e tamanhos. E assim acontece com os demais defeitos capitais. Porém, isso não quer dizer que seja impossível analisar, compreender e eliminar cada uma destas manifestações. Também não se pode dizer que seja algo simples. Essa é de fato a GRANDE BATALHA de que trata a Bíblia. É a luta do pequenino Davi contra o Gigante Golias. É a luta de Sidarta contra as ordens de guerreiros. Sim, podemos, devemos, e é até uma obrigação que temos para com Deus, a de eliminar nossos defeitos psicológicos.

A Psicologia chama aos egos de mim mesmo, aquilo que sou, aquilo que me cabe, eu dominante consciente, eus inconscientes, subconscientes, etc. Id, ego, superego. Tudo isso na verdade são partes do mesmo ego múltiplo desconecto da Verdade; criações bestiais.

Igualmente, os pseudo-esoteristas têm dividido o ego em Eu Superior e eu inferior, quando na Verdade tudo é o mesmo ego, agregados psíquicos que vale bem a pena eliminar. Compreendam bem: Deus está tão distante e é totalmente incompreensível para nós. Deus nada tem a ver com os valores positivos que criamos, tampouco com qualquer algo personificável. Para nós, seres rastejantes do lodo da Terra, Deus é inacessível e não tem nada a ver com nenhum tipo de ego. Deus, nos seres humanosdesconectos Dele como nós, apenas se manifesta através da VERDADEIRA INTUIÇÃO, A VOZ DO SILÊNCIO. A Intuição é algo real e quem tem, sabe perfeitamente que a tem, pois soube despertar conscientemente essa faculdade. O Mestre Rabolu chama a Intuição de ‘Coraçonada’; é a mente interpretando a Voz Silenciosa do Coração Tranquilo.

Podemos, ainda, definir o ego como ‘desvios de consciência’ e ‘defeitos psicológicos’.

Entretanto, a melhor maneira de se conhecer o ego, ou melhor, os egos, não é intelectualmente, mediante uma definição teórica qualquer. O conhecimento do real se faz sempre de maneira direta; assim, é através da auto-observação de nós mesmos que passaremos a conhecer de fato os egos. Na próxima lição ensinaremos em detalhes a prática da auto-observação de nós mesmos, ocasião em que teremos a oportunidade de verificarmos o eu em plena atuação.

 

Personalidade

 

A personalidade é um corpo de constituição energética. Sua base é criada nos primeiros sete anos de vida, após o que vai apenas se robustecendo.

A personalidade é aquilo que mais se assemelha ao que nós entendemos por nós mesmos. Os egos, por exemplo, quando são vistos do mundo mental, ou seja, nós mesmos quando somos vistos do mundo mental, somos quando um bando de demônios de várias formas inclusive animalescas, somos multiplicidade. Já a personalidade quando vista isoladamente é bastante parecida conosco: ela tem a mesma forma no mundo astral, mantém os mesmos hábitos, fala a mesma língua, tem os mesmos trejeitos, as mesmas maneiras de se expressar, etc. do falecido. Porém, após o desencarne do ego e da essência exala uma frieza que a caracteriza…

Ela é uma criação inconsciente de cada um de nós mesmos. Sua estruturação segue sob a influência dos muitos egos pessoais, que vão reagindo mecanicamente ao meio exterior da época, mediante as experiências vividas. Deste modo são criadas as nuances infinitas das personalidades.

Por isso dizemos que a personalidade nada mais é do que um veículo de manifestação dos ‘eus‘.

Ela nasce, cresce e morre junto com o seu tempo. Não é demasiado dizer que a cada existência criamos e descartamos mais uma personalidade.

O mundo da personalidade é o mundo dos gostos pessoais, do falar de si mesmo, das modas, etc, etc, etc. A personalidade do comerciante tem dentro de si vários eus do comércio. A personalidade do ladrão possui por trás vários eus do roubo; etc. etc. etc.

Devemos esclarecer que à medida que vamos eliminando os egos, a personalidade vai se libertando.

É urgente elucidar aqui com grande clareza: as coisas da personalidade não nos trazem nenhum tipo de gozo espiritual. Apenas nos faz perder tempo, infelizmente. Ao invés de buscar nossos gostos pessoais, pois atrás de cada desejo tem sempre um dos sete pecados capitais, deveríamos ocupar nosso tempo em conhecer a verdade das coisas; em nos sacrificarmos por amor à humanidade; em buscar conscientemente e com amor a nossa Alma e a Deus que está nos Céus, pois eles, sim, são a verdadeira felicidade contínua.

 

Essência

 

A Essência, ou Consciência, é a parte divinal do nosso Ser em nossa atual constituição humanoide. Ela é uma partícula da Mônada. A Essência vem das Estrelas, da Via Láctea. Ela é a autêntica pureza. Nela estão as virtudes. Quando o ego para de atuar lá está Ela, a Essência. Necessitamos com urgência máxima aprendermos a identificá-la dentro de nós mesmos aqui e agora. E isso é possível através das práticas que temos ensinado neste curso.

Curioso dizer algo sobre as virtudes neste momento. As virtudes sem Consciência é mesmo que fogo fora da tocha, ou seja, ao mesmo tempo que é inútil, pode ser perigoso. A virtude forçada, fora de lugar é atributo inequívoco do ego desconecto com a verdade. As autênticas virtudes simples, despretensiosas e espontâneas são atributos da nossa Essência. Imaginem a virtude da coragem usada fora de lugar… Imaginem a virtude da benevolência para dar dinheiro para aquele que quer comprar drogas… Assim, as virtudes somente são bem vindas no lugar e na hora certa e isso somente é possível na ausência dos eus e com o despertar da Consciência.

A essência também é vontade. A essência é inteligência. A essência é tudo aquilo que o ego engarrafa para usar indevidamente, em criações bestiais, irracionais, irresponsáveis, inúteis, que, muito provavelmente, vão trazer conseqüências desastrosas para si e para os demais.

A Essência é imortal. A Essência é divinal.

A Consciência vai muito além da percepção de tudo que está ocorrendo em nosso interior e ao nosso redor agora mesmo. A Consciência, quando desperta, transpassa todas as dimensões: o mundo mental, o emocional, o da vontade, até chegar ao mundointuicional. Sem a percepção do mundo intuicional, por exemplo, é impossível saber o caminho certo a seguir, pois esse é o Mundo de Deus. Deus é quem sabe tudo do telhado para cima. Sem ele impossível é trilhar o caminho da verdade, pois teríamos que confiar nas aparências, cujas sutilezas muitas vezes nos enganam; tampouco seria possível seguir de acordo com os grandes eventos cósmicos: “SEJA FEITA A VOSSA VONTADE ASSIM NA TERRA QUANTO NOS CÉUS”. Amém.

 

RECAPITULANDO:

 

Ego

Personalidade

Essência

8 opiniões sobre “15 – Ego, Personalidade e Essência

Antonio Carlos Arantes

ESPLENDIDO, MAGNIFICO.

Resposta
Antonio Carlos Arantes

estou tentando…..

Resposta
Julia

Excelente! Praticar é o que necessitamos…que Deus nos de forças.

Resposta
Gustavo

Fala com clareza aquilo q muitos gnóstico tem falado de modo opaco.

Resposta
Manuel Ferrão

O processo de crescimento humildemente e na verdade profunda deve ser construido na emancipação do ego e da personalidade para a prateleira das arrumações herméticas e irreversiveis

Resposta
    gnose

    Esse é o caminho de toda a Loja Negra. É preciso que se saiba: o ser humano é habitado por duas naturezas. A divinal eterna e imutável em nós é algo, hoje, insipiente. Ou seja, é algo muito pequeno que precisa ser fortificado, mediante o Nascimento Interior, para que se sobreponha ao terrível ego, mediante concomitante ELIMINAÇÃO DESTE EGO. Informe-se melhor, amigo. Fortificar o ego é uma forma de sofrer e perder o tempo com coisas que vai perder ao morrer seu corpo físico. Paz Inverencial.

    Resposta
      Manuel Ferrão

      Este a dizer O EGO TEM QUE SAIR DE NÓS veja se entende a essência é a razão da nossa existência entenda o que escrevi

      Resposta
JUSSARA GOMES DA SILVA

Maravilhoso…como é bom saber que temos salvação… porém eliminar os egos é uma tarefa árdua…mas não é impossível, caminhemos…

Resposta

Deixe um comentário para gnose Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.