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30 – Cristo Universal e Cristo Individual

24 de fevereiro de 2016 - Fase A
30 – Cristo Universal e Cristo Individual

Tema nº. 30  –  Cristo Universal e Individual.

 

Cristo é a poderosa mediação astral que enlaça nossa personalidade física com a imanência suprema do Pai Celeste.”

Ele, quando se cristaliza na Consciência torna livre a personalidade humana.

A SUBSTÂNCIA CRISTÔNICA, não obstante, está presente em todas as coisas, permeando o Universo inteiro, desde o átomo.

Cristo Universal é o Logos Solar; Emanação Ígnea.

Cristo é a própria Vida.

A mitologia cristã, a história de Cristo Jesus, representada em Israel e contada na Bíblia Sagrada é uma encenação vivente de quando o Fogo Universal é incorporado na pessoa de um homem, no caso Jesus de Nazareth. De fato Cristo é o Salvador do homem e não há outra maneira de se adentrar aos Céus sem que seja por Ele.

Porém, Cristo não é uma exclusividade do cristianismo ocidental. Os indianos tem Krishina, por exemplo. Os chineses, Fu-hi. Os pré-homéricos representam em Hercules as qualidades do Cristo encarnado. Os gregos têm Apolo. Os maias, dentre outras culturas ameríndias, também têm o seu Cristo; ali é representado por Kukulcan, ou Quetzalcoatl, na forma de uma serpente emplumada que desce do céu e entra no homem, devorando-o. Em Matheus se lê: “…somente sobe ao Céu aquele que desce do Céu.” Deste modo, Cristo Individual é o fogo do fogo cósmico quando se cristaliza no homem.

Agora leiamos as palavras do V.M. Samael Aun Weor:

Cristo é o Fogo do Fogo, a Chama da Chama, a Assinatura Astral do Fogo.

            Sobre a cruz do Calvário está definido o Mistério do Cristo com uma só palavra que consta de quatro letras: INRI – Ignis Natura Renovatur Integram – “O Fogo Renova Incessantemente a Natureza”.

            O advento do Cristo, no coração do homem, nos transforma radicalmente.

            Cristo é o LOGOS SOLAR, Unidade Múltipla Perfeita. Cristo é a vida que palpita no universo inteiro, é o que é, o que sempre foi e o que sempre será.

            Muito se falou sobre o Drama Cósmico. Inquestionavelmente, este drama é formado pelos quatro Evangelhos.

            Foi nos dito que o Drama Cósmico foi trazido pelos Eloim à Terra. O Grande Senhor da Atlântida representou esse drama em carne e osso.

            O Grande Kabir JESUS também teve que representar o mesmo drama, publicamente, na Terra Santa.

            Ainda que o Cristo nasça mil vezes em Belém, de nada serve se não nasce em nosso coração também.

            Ainda que houvesse morto e ressuscitado ao terceiro dia, dentre os mortos, de nada serve isso se não morre e ressuscita em nós também.

            Tratar de descobrir a natureza e a essência do fogo é tratar de descobrir a Deus, cuja presença real sempre se revelou sob a aparência ígnea.

            A sarça ardente (Êxodo, III, 2) e o incêndio do Sinai, a raiz do outorgamento do Decálogo (Êxodo, XIX, 18), são duas manifestações pelas quais Deus aparece a Moisés.

            Sob a figura de um ser de Jaspe e Sardônico da cor da chama, sentado num trono incandescente e fulgurante, São João descreve o dono do universo (Apocalípse, IV, 3, 5). “Nosso Deus é um Fogo Devorador”, escreve São Paulo em sua “Epístola aos Hebreus”.

            O Cristo Íntimo, o fogo Celestial deve nascer em nós e nasce, em realidade, quando avançamos bastante no trabalho psicológico.

            O Cristo Íntimo deve eliminar de nossa natureza psicológica as próprias causas do erro: os eus-causa.

            Não seria possível a dissolução das causas do ego, enquanto o Cristo Íntimo não tenha nascido em nós.

            O fogo Vivente e Filosofal, o Cristo Íntimo, é o Fogo do Fogo, o Puro do Puro.

            O Fogo nos envolve e nos banha por todas as partes, vem a nós pelo ar, pela água e pela própria terra que são seus conservadores e seus diversos veículos.

            O Fogo Celestial deve cristalizar, em nós, é o Cristo Íntimo, nosso Salvador interior profundo.

            O Senhor Íntimo deve encarregar-se de toda nossa psique, dos cinco cilindros da máquina orgânica, de todos os nossos processos mentais, emocionais, motores, instintivos, sexuais.”

            …

            “O Cristo Íntimo surge, interiormente, no trabalho relacionado com a dissolução do eu psicológico. 

            Obviamente, o Cristo Interior só advém no momento culminante de nossos esforços intencionais e padecimentos voluntários.

            O advento do Fogo Crístico é o acontecimento mais importante de nossa própria vida.

            O Cristo Íntimo se encarrega, então, de todos os nossos processos mentais, emocionais, motores, instintivos e sexuais.

            Inquestionavelmente, o Cristo Íntimo é nosso Salvador interior profundo.

            Ele, sendo perfeito, ao meter-se em nós, pareceria como imperfeito; sendo casto, pareceria como se não o fosse; sendo justo, pareceria como se não o fosse.

            Isto é semelhante aos distintos reflexos da luz. Se usamos óculos azuis tudo nos parecerá azul e se os usamos de cor vermelha veremos todas as coisas desta cor.

            Ele, ainda que seja branco, visto de fora, cada qual o verá através do cristal psicológico com que o olha; por isso é que as pessoas vendo-o, não o vêem.

            Ao encarregar-se de todos os nossos processos psicológicos, o Senhor de Perfeição sofre o indizível.

            Convertido em homem entre os homens, há de passar por muitas provas e suportar tentações indizíveis.

            A tentação é fogo, o triunfo sobre a tentação é luz.

            O iniciado deve aprender a viver perigosamente; assim está escrito. Isto o sabem os alquimistas.

            O iniciado deve percorrer com firmeza a Senda do Fio da Navalha; e um e outro lado do difícil caminho existem abismos espantosos.

            Na difícil senda da dissolução do ego, existem complexos caminhos que têm sua raiz precisamente no caminho real.

            Obviamente, da Senda do Fio da Navalha se desprendem múltiplas sendas que não conduzem a nenhuma parte. Algumas delas nos levam ao abismo e ao desespero.

            Existem sendas fascinantes, de santíssima aparência, inefáveis. Desafortunadamente só nos podem conduzir à involução submersa dos mundos infernos.

            No trabalho da dissolução do eu, necessitamos entregar-nos, por completo, ao Cristo Interior.

            Às vezes aparecem problemas de difícil solução. De repente o caminho se perde em labirintos inexplicáveis e não se sabe por onde continuar. Só a obediência absoluta ao Cristo Interior e ao Pai, que está em secreto, pode, em tais casos, orientar-nos sabiamente.

            A Senda do Fio da Navalha está cheia de perigos por dentro e por fora.

            A moral convencional de nada serve. A moral é escrava dos costumes, da época, do lugar.

            O que foi moral em épocas passadas agora resulta imoral; o que foi moral na Idade Média, por estes tempos modernos pode resultar imoral. O que num país é moral em outro país é imoral, etc.

            No trabalho da dissolução do ego sucede que, às vezes, quando pensamos que vamos muito bem, resulta que vamos muito mal.

            As mudanças são indispensáveis durante o avanço esotérico; mas, as pessoas reacionárias permanecem engarrafadas no passado, petrificam-se no tempo e trovejam e relampejam contra nós, à medida que realizamos avanços psicológicos profundos e mudanças radicais.

            As pessoas não resistem às mudanças do Iniciado; querem que este continue petrificado em múltiplos ontens.

            Qualquer mudança que o Inciado relaizar é classificada, de imediato, como imoral.

            Olhando as coisas deste ângulo, à luz do trabalho crístico, podemos evidenciar, claramente, a ineficácia dos diversos códigos de moral que no mundo foram escritos.

            Inquestionavelmente, o Cristo manifesto e não obstante, oculto no coração do homem real, ao carregar-se de nossos diversos estados psicológicos, sendo desconhecido para as pessoas é, de fato, qualificado como cruel, imoral e perverso.

            Resulta paradoxal que as pessoas adorem o Cristo e, no entanto, lhe coloquem tão horripilantes qualificativos.

            Obviamente, as pessoas inconscientes e adormecidas só querem um Cristo histórico, antropomórfico, de estátuas e dogmas inquebrantáveis, ao qual podem acomodar facilmente todos os seus códigos de moral torpes e rançosos e todos os seus pré-julgamentos e condições.

            As pessoas não podem conceber jamais o Cristo Íntimo no coração do homem. As multidões só adoram o Cristo estátua e isso é tudo.

            Quando se fala às multidões, quando se lhes declara o cru realismo do Cristo Revolucionário, do Cristo Vermelho, do Cristo Rebelde, de imediato recebe qualificativos como os seguintes: blasfemo, herege, malvado, profanador, sacrílego, etc.

            Assim são as multidões; sempre inconscientes, sempres adormecidas. Agora compreenderemos porque o Cristo crucificado no Gólgota exclama com todas as forças de sua alma: “Meu Pai, perdoa-os porque não sabem o que fazem!”

            O Cristo, em si mesmo, sendo um, aparece como muitos. Por isso se disse que é Unidade Múltipla Perfeita. Ao que sabe a palavra dá poder; ninguém a pronunciou, ninguém a pronunciará, senão somente aquele que O TEM ENCARNADO.

            Encarna-lo é o fundamental no trabalho avançado da morte do eu pluralizado.

            O Senhor da Perfeição trabalha em nós, à medida que nos esforçamos conscientemente no trabalho sobre nós mesmos.

            Resulta espantosamente doloroso o trabalho que o Cristo Íntimo tem que realizar dentro de nossa própria psique.

            É verdade que nosso Mestre Interior deve viver toda sua Via-Crucis no fundo mesmo de nossa própria alma.

            Está escrito: “A Deus rogando e com o malho dando.” Também está escrito: “Ajuda-te que eu te ajudarei.”

            Suplicar à Divina Mãe Kundalini é fundamental, quando se trata de dissolver agregados psíquicos indesejáveis. Entretanto, o Cristo Íntimo, nos recônditos mais profundos do mim mesmo, opera sabiamente, de acordo com as próprias responsabilidades que Ele coloca sobre seus ombros.”

Até aqui as palavras de V.M. Samael Aun Weor.

São João ao se referir ao Cristo disse “Eu sou o alfa e o ômega”. Ou seja, Cristo está em todas as coisas desde o princípio.

Não obstante, o Cristo advém ao homem quando ele pratica magia sexual com sua esposa sacerdotisa; morre em si mesmo e se sacrifica por seus semelhantes. Por isso Cristo dizia, ao se referir a Ele mesmo, como o ’Filho do Homem’.

O ’Filho do Homem’ nasce, cresce e se desenvolve dentro de nós mesmos mediante a Lei dos Sete.

No homem o fogo sagrado (o Espírito Santo) está depositado precisamente nas gônadas, ou nos ovários nas mulheres, obviamente. A potencialização da energia sexual, após muitos trabalhos alquímicos, faz com que o Cristo se Individualize em nós.

No trabalho da Transmutação Sexual também fabricamos os corpos solares, os quais, e somente eles, podem suportar o fogo do Cristo encarnado em nós mesmos. Acaso Ele entrasse em nós aqui e agora, seria nossa morte certa.

 

RECAPITULANDO:

 

– existe o Cristo Cósmico, substância Cristônica que permeia todas as coisas, que anima, dá vida a todas as coisas, desde o átomo;

– e também existo o Cristo Individual, quando se encarna no homem, decorrente do fruto com o Trabalho dos TRÊS FATORES DE REVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA: MORRER, NASCER E SACRIFÍCIO PELA HUMANIDAD;

– quando Ele se faz Consciente em nós mesmos passa a tomar conta de todos os nossos processos psicológicos;

– pouco nos importa o Jesus histórico. Cônscios somos que o Mestre Jesus representou o papel de Cristo na Terra e essa encenação deve ser compreendido como processo exclusivamente interiores, que ocorrerão dentro de cada um de nós, a partir do momento que o Cristo Universal se torne Individual dentro de nós mesmos;

– Ele é a sagrada e única ponte entre o humano e o Divino;

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