Tema nº. 31 – A Lei do Pêndulo.
Carpe diem quer dizer, se bem interpretado, viva o presente, esteja aqui e agora.
Por outro lado, entenderão em breve porquê tudo na natureza discorre baseado na Lei do Pêndulo.
Altos e baixos.
Dias e noites.
Calor e frio. Etc.
Na mecânica da Natureza impera, em geral, o movimento cíclico, desde o mais baixo ao mais alto e como em todo ciclo há dois extremos, aí temos a Lei do Pêndulo.
Com a natureza do homem não auto-realizado acontece o mesmo.
O ser humano atual é centrado no ego animal, cem por cento mecânico e vítima das circunstâncias.
Os dois extremos existem na natureza, pois ela tende a se equilibrar.
A natureza humana tende a se equilibrar, logo após o homem provocar o desequilíbrio. E para que haja esse equilíbrio o pêndulo necessariamente tem que se dirigir à extremidade oposta. Disse um sábio: “…sempre após um prazer há um sofrimento“. Ou ainda: “…post coitum omne animal triste est”
De modo algum é verdadeira aquela teoria da Evolução Contínua. A Evolução é apenas um dos dois lados da questão. O outro lado, não estudado pela ciência oficial, é a Involução.
A Lei do Pêndulo ao se espalhar por todas as coisas vai deixando as suas marcas. É assim que ao estudarmos as grandes civilizações, nos deparamos com o apogeu e queda do Império Egípcio, do Império Romano, do Império Luso-Espanhol, etc.
Dentro de nós essa Lei pode ser observada, por exemplo, nas nossas mudanças de humores: alegrias-excitações/depressões-tristezas; conceitos materialistas/conceitos espiritualistas; intolerância/complacência; etc.
Normalmente a Lei do Pêndulo atua em nossos cinco cilindros da máquina humana, nos levando de extremo em extremo.
Os autores destes desequilíbrios, que nos jogam de um lado para o outro do pêndulo, são os nossos agregados psíquicos, nossos ‘adorados’ egos, entidades de vibrações animalescas que pensam, sentem e agem por nós.
Muito importante salientar que a VERDADE, a FELICIDADE, a HARMONIA não estão nem em uma, nem na outra extremidade do pêndulo.
A VERDADE está posicionada exatamente no meio, no centro, na haste do pêndulo.
Agora compreenderão por que iniciei este tema com a famosa frase ‘carpe diem’: A Verdade é o aqui e agora, o eterno; o viver o presente, o momento, etc. A Verdade é o silêncio da mente, captando tudo de maneira passiva sem julgar nada, sendo observada ativamente pela consciência, que por sua vez empunha com amor a vontade.
Para compreendermos e observarmos a realidade desta Lei e nos livrarmos de suas garras afiadas, há algumas práticas maravilhosas.
Primeiramente devemos dar um choque na consciência. A Consciência em si, nossa Essência, é a parte pura do nosso Ser. Ela deveria estar no comando de nossas vidas. Somente ela é capaz de observar o eu tal qual ele é em plena atuação. Para isso o estado de alerta novidade e alerta percepção, ou seja, o estado de auto-observação contínua com a intenção de nos auto-descobrirmos é fundamental. Se neste estado estivermos, ficará fácil perceber qual a reação no nosso âmago, que as impressões recebidas pelas portas dos cinco sentidos nos imprimiram. Aí é que entra o primeiro choque consciente: a REFLEXÃO. Nesta hora devemos nos lembrar que em tudo existem os dois lados. E que os dois lados são formas opostas de ilusão e que a verdade está no meio, ou seja, na compreensão direta e intuitiva da realidade em pleno movimento. Existe uma frase maravilhosa que em esoterismo se usa nestas circunstâncias para tentar descrever este trabalho: “conciliar os opostos”, ou melhor ainda: TRANSFORMAÇÃO DAS IMPRESSÕES.
É claro que, não obstante, não nos podemos esquecer de pedir a eliminação dos egos que provocarão a reação espontânea à impressão: formas equivocadas de sentir, pensar e agir-desejar; pois, somente assim, nós poderemos, a longo prazo, nos vermos definitivamente livres destas reações mecânicas, seja as da direita, seja as da esquerda.
Assim, vamos deixando de ser vítimas das circunstâncias; vamos parar de agir mecanicamente assim porque sim; não vamos mais nos identificar com as aparências, tampouco conosco mesmos e vamos, enfim, aprender a ver as coisas como realmente elas são, ou seja, vamos aprender a viver o momento presente sem que a mente nos condicione com os valores agregados que costumeiramente damos a todas as coisas.
Quando conseguimos viver o verdadeiro momento, passamos a aprender de instante em instante.
A vantagem de nos esforçarmos para vivermos de instante em instante, de momento em momento no centro do pêndulo, sem nos olvidarmos, é claro, de morrer, nascer e nos sacrificarmos pela humanidade é que vamos começar a nos dar bem nas práticas esotéricas; vamos desfrutar de uma vida venturosa e feliz e vamos despertar gradativamente a Intuição, que a uma forma de comunicação direta com Deus.
Agora entenderão por que aos gnósticos, quero me referir àqueles que realmente compreenderam em si a Lei do Pêndulo, não lhes agrada se meterem em discussões meramente teóricas. Disse Goethe: “Toda teoria é cinza e apenas são verdes as folhas da árvore que é a Vida!” Desta maneira, não é nada edificante a batalha das antíteses. As teorias opostas apenas se anularão. E nada mais. Além disso, urge nos observar severamente a fim descobrirmo-nos: há orgulho naquele que quer ser reconhecido, seja pelo grupo, seja para justificar-se a si mesmo, por suas teorias? O eu da rivalização, ou melhor, o desejo de disputar, será que não atua naquele que sente prazer em discutir, sobretudo de maneira exaltada? Haverá íra? Auto-observem-se a si mesmos! Eliminem seus defeitos interiores!
A eloquência da sabedoria, às vezes é o puro silêncio, sem orgulho ou nada do gênero… Por outro lado aquele que se cala, quando deveria falar também está no erro. Tão pouco feliz é viver no caminho do intelectualismo… Despertemos, pois, a Consciência e a Intuição e aprenderemos a pensar, sentir e agir retamente, cheios da luz do Espírito Santo.
RECAPITULANDO:
– A Natureza é cíclica;
– os ciclos têm dois extremos;
– a Lei do Pêndulo são as marcas destes dois extremos;
– dias e noites; glórias e derrotas; alegrias e tristezas; vida e morte;
– a Verdade e a Vida Eterna estão no centro do pêndulo;
– a meditação está no meio do pêndulo;
– o aqui e agora está no meio do pêndulo;
– somente com a morte do eu psicológico, com o nascimento em Cristo e com o sacrifício pelo humanidade é possível estabelecer definitivamente o estado de Paz interior, de verdade atemporal, dentro de nós mesmos.
Uma opinião sobre “31 – A Lei do Pêndulo”
Sempre orando sempre vigiando, na eterna recordação de se mesmo eliminando os eus psicológico morrendo, para que ocorra o despertar. Para livrar destas leis mecânicas que escraviza o homem atado à roda do SANSARA!