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35 – Lei das Oitavas e Lei da Entropia

20 de fevereiro de 2016 - Fase A

Tema nº. 35  –   Lei das Oitavas e Lei da Entropia.

 

A Lei das Oitavas também é chamada de a Lei dos Sete.

Ao avançarmos no Caminho esotérico as coisas se desenvolvem por oitavas.

Por exemplo, temos que levantar sete serpentes na primeira parte da Grande Obra, ou seja, na Primeira Montanha. Depois, temos que repetir, qualificar, esse trabalho mais duas vezes. Essas são as Segunda e Terceira Montanhas. Aqui temos já um exemplo da Lei dos Três.

Tudo no Universo se desenvolve através das Leis dos Três e dos Sete.

Desta maneira, ‘assim como é em cima é embaixo’, a Lei dos Sete e a Lei dos Três permeará nossa ascensão até chegarmos a nos ‘religar’ com o Pai.

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A ascensão maravilhosa, que, como vimos é regida pela Lei das Oitavas, ou seja ela se dá por etapas. Urge salientar que algumas etapas são mais difíceis que outras. Esses contratempos, digamos assim, serão vencidos mediante dos Superesforços.

A Grande Obra, ou Magnus Opus, não é de maneira nenhuma algo passivo. Deus criou o mundo em sete dias e o fez ativamente.

Quero dizer com isso que a Lei das Oitavas é algo ligado aos processos da Criação. Quem inicia um trabalho sobre si mesmo estará, nada menos, que aprendendo a Criar, assim como os deuses o fazem. No trabalho alquímico, sobretudo, nos utilizamos das próprias forças primárias da Criação.

Os passivos não tem qualquer possibilidade de avançar no Caminho esotérico sagrado.

Há que acrescentar, não obstante, que mesmo os ativos passarão por momentos de extremas dificuldades. Não é simples de se aprender práticas tão complexas e difíceis de obter êxito, ou mesmo de se avançar nelas. Toda a Grande Obra é dificílima de ser realizada e quanto mais avançamos, mais difícil ela fica. Porém, os créditos recebidos, os êxtases, os poderes, a felicidade autêntica, tudo, aumenta proporcionalmente.

Haverá no caminho crises terríveis, onde o ego nos atacará implacavelmente e de todas as formas. Não obstante, temos que dizer: é das crises que se obtemos o melhor material para trabalharmos sobre nós mesmos, ou seja, é durante as crises que aprendemos os mecanismos mais terríveis da mente e dos egos, pois são nessas horas que os nossos defeitos mais perversos e enraizados aparecem.

A palavra chave para avançar pelo Caminho Real de nota em nota, de oitava em oitava é ESFORÇO e SUPERESFORÇO.

Somente de ESFORÇO em ESFORÇO e de SUPERESFORÇO em SUPERESFORÇO avançamos decididamente.

Temos que nos acostumar em dar o SUPERESFORÇO.

Sem os superesforços fatalmente uma ‘noite cósmica’ nos colherá.

Mas, afinal, o que são DIAS E NOITES CÓSMICAS? Isso é o que vamos passar a explicar agora. Analisem o quadro abaixo:

 

DIAS CÓSMICOS NOITES CÓSMICAS
Ânimo Desânimo
Entusiasmo Mecanicidade
Entendimento Confusão
Etc. Etc.

 

‘Noites Cósmicas’ é um termo que se refere estritamente ao espiritual.

Dizemos que adentramos numa noite cósmica quando perdemos o interesse ou perdemos o foco pelas coisas do ‘religare’.

Trata-se do estado interior em que a maioria da humanidade, infelizmente, se encontra hoje em dia. Vemos nas pessoas, por onde quer que se vá, falta de interesse pelas coisas religiosas; falta de respeito com as coisas sagradas; falta de ‘palavra’; falta de vontade em fazer a coisa certa; malícia; falsidade; tendência à degeneração e ao desregramento, etc.

A essa tendência negativa, a essa tendência de queda, chamamos de Lei da Entropia. Ou seja, a Lei do nivelamento por baixo. Essa é a Lei pela qual, ao se deixar reger o neófito por ela, deixa seus estudos sérios de ordem superior, trocando-os por qualquer outro relativo à personalidade; seja uma curiosidade passageira, seja um desejo pessoal, etc.

A lua representa esse lado negativo dos seres humanos, normalmente vence essas batalhas, retirando os estudantes do conhecimento gnóstico. Aqui entra aquela máxima do Cristo: “…o homem que quer servir a dois senhores, Deus e o dinheiro, não servirá a nenhum deles.” Também cabe muito bem neste tema: “…a pessoa que quer conquistar o mundo, perderá sua alma; mas aquele que conquistar sua alma, ganhará o mundo”.

Assim, se as práticas não forem constantes, o que se sucederá é o desânimo.

Como já dissemos, somente é possível nos livrarmos das perigosas e terríveis noites cósmicas com o superesforço.

Entendamos por superesforço a luta mais intensa contra o eu; a aplicação para que a auto-observação seja conseguida o dia inteiro… Entendamos, ainda, por superesforço levar a cabo as práticas de desdobramento astral; de morte do eu; alquimia; meditação; sacrifício pela humanidade; concentração no coração… Tudo feito com amor e Alegria, ‘de gosto’ (como se diz popularmente), conscientemente; pois o sofrimento é coisa do eu…

Algo que ainda não dissemos, mas que é imprescindível para não se cair numa noite cósmica é ORAR.

A ORAÇÃO é algo muito importante. Isso nos dá muita força e compreensão. Não devemos nos esquecer de nossas partes internas, de nosso Pai e de nossa Mãe Divinos. Oremos todos os dias, compreendendo que lhos servimos. Supliquemos; imploremos… as suplicas sinceras de coração acendem os fogos do Coração.

Ler as obras dos Mestres também ajuda muito, trás ânimo. Eles, os Mestres Samael e Rabolu, foram os responsáveis pelo desvelamento do conhecimento nesta Era de Aquário. Leiam releiam, estudem a fundo suas obras. Disse o Mestre Rabolu, acerca das obras do V.M. Samael Aun Weor: “…com uma obra só do Mestre, se a levarmos à comprovação, nos liberamos.” Também disse: “…ler uma obra de um Mestre é como estar recebendo o ensinamento diretamente dele.” De fato, as obras devem ser compreendidas a fundo, vivenciadas…

Portanto, se não houver o ESFORÇO CONTÍNUO, seguido de SUPERESFORÇOS nos momentos mais difíceis, com disciplinas árduas que não deixem espaço para a atuação dos egos, o neófito cairá na Lei da Entropia e, provavelmente, deixará os assuntos esotéricos de lado por um período, até se dar conta que não está avançando. Neste momento, porém, quando essa mesma pessoa quiser regressar à disciplina esotérica, as coisas ficarão muito mais difíceis para ela, pois os ânimos estarão mais frios.

Na verdade são os próprios defeitos psicológicos que levam a pessoa a adentrar na Lei da Entropia.

A falta de êxito nas práticas (resultado das práticas mal feitas) é outra porta medonha para o desânimo. Desta maneira, para evitá-la, lembremo-nos da gana, da vontade, dos orientais em alcançar a perfeição e nos espelhemos nela. Isso de buscar as falhas pessoais, bolar estratégias para vencê-las e colocá-las em prática é fundamental para o êxito em qualquer empreita.

No desenho acima falamos das pausas.

As pausas são momentos que realmente existem dentro do trabalho sobre nós mesmos. Precisamente quando há um relaxamento, seja porque vislumbramos um desafio muito grande; seja por orgulho pessoal, por estarmos nos sentindo equilibrados e bem. Nestes momentos, sem percebermos, baixamos a guarda e adentram eus perigosos. Assim, devemos nos precaver, pois nos instantes em que achamos que estamos indo bem no trabalho, o que realmente sucede é que estamos indo mal. Nós os humanos sempre estamos mais ou menos no Caminhar Esotérico…

Imaginemos um carro em repouso. Para tirarmo-lo do repouso é necessário um esforço inicial um pouco maior. Depois a carro segue rodando com menos esforço empregado, até que se aproxime um aclive, ocasião em que fatalmente o veículo nos exigirá mais força. Mais ou menos semelhante é o caso que ocorre em nosso trabalho interior para seguirmos constantes na Lei das Oitavas. Atentem que nosso carro não vê decidas, ele somente sobe. Sendo assim, para nós, os neófitos, o difícil é nos acostumarmos com o superesforço; depois que acostumamos com ele, devemos seguir sempre com ele até o fim da nossa obra.

“Thelema, vontade, é o nosso lema.

O esforço constante, permeado por momentos de superesforços é o estado comum do homem de consciência desperta. é tenacidade e paciência constantemente.

Assim, consegue-se o Centro de Gravidade Permanente, assunto do nosso próximo tema. O iniciado que estabelece o centro de gravidade permanente na alma, deixa de ter problema de entrar na Lei da Entropia.

 

 

RECAPITULANDO:

 

– Dia Cósmico: evolução espiritual – ânimo, felicidade;

– Noite Cósmica: involução espiritual – desinteresse pelos assuntos religiosos, escravidão do desejo, excitação egóica confundida com felicidade;

– Lei dos Sete e Lei dos Três = Criação e desenvolvimento do Universo;

– Lei das Oitavas = a Grande Obra é realizada por etapas = Dia Cósmico = Lei dos Sete e dos Três;

– Lei da Entropia = Egos no comando = Involução = nivelamento da humanidade por baixo;

– para vencer a Lei da Entropia é necessário Esforços Constante e Superesforço quando necessário;

– fazer todas as práticas dadas;

– bolar estratégias para vencer o eu;

– não deixar a mente voando;

– Oração acende os fogos do Coração;

– ler livro dos mestres trás novo ânimo;

– nós nunca estamos bem no trabalho esotérico; sempre estamos mais ou menos;

– atividade = superesforço = despertar da consciência.

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