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40 – O Difícil Caminho e o Trabalho Crístico

8 de fevereiro de 2016 - Fase A
40 – O Difícil Caminho e o Trabalho Crístico

Tema nº. 40  –   O Difícil Caminho e o Trabalho Crístico.

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            No Caminho Iniciático (Caminho Real e Sagrado; Caminho do Fio da Navalha; Caminho do Meio; Caminho mais amargo que o fel) nos depararemos com abismos tanto a nossa esquerda, quanto a nossa direita.

Neste Caminho Crístico maravilhoso seremos importunados, defraudados, humilhados, desacreditados, feridos e mortos. Assim foi com o Nosso Senhor de todas as Perfeições e assim será com qualquer um que comece a morrer em si mesmo.

Os tidos por sábios no mundo de hoje são os mesmos escribas da época de Jesus. Eles não o compreendiam e queriam matá-lo. Os príncipes dos sacerdotes, os mesmos poderosos de todos os tempos, com sua maneira peculiar de pensar, queriam matá-lo. Os fariseus, ou seja, aqueles que se fazem passar por justos e até aparentam ser, mas que na verdade simplesmente, adaptando a maneira de agir aos de sua época, realizam às escondidas seus delitos inaceitáveis, porém sem realmente serem justos de fato, também queriam matá-lo.

Quero dizer com tudo isso que aqueles que começam sinceramente a morrer em si mesmos, passam a experimentar a verdade de forma direta, a qual, por sua vez, não tem compromisso nenhum com os códigos de moral da época; tampouco com as teorias em voga; muito menos com as cobiças e sede de poder e ganas de se sentir ou aparecer.

Aqueles que iniciam um trabalho sério sobre si mesmos vão automaticamente se distanciando da humanidade comum e corrente e, por amor, procuram, paradoxalmente, se aproximar dela com o claro e único intento de servi-la.

O Difícil Caminho Crístico, portanto, é esse: pregar para aqueles que nos odeiam, amando-os, e dali tentar salvar almas para a colheita do Sol.

Neste Difícil Caminho que conduz a Liberação final somos também tentados das mais terríveis formas. Momentos de luta entre nossa Consciência e nosso desejo; de nossa Consciência contra nossa mente; nossa Consciência contra nossos sentimentalismos; nossa Consciência contra nossos eus de todas as espécies, etc.

Nessas lutas terríveis não há espaço para justificativas; satisfações pessoais; pena de nós mesmos; queda pelo sexo oposto; apego pela família; escravidão pelos ideais de vida perfeita, casal perfeito, eu perfeito etc.

A VITÓRIA SOBRE A TENTAÇÃO É LUZ!

A Verdade é o que é de instante em instante, de momento em momento. Ela é o novo a todo momento.

 

Por isso (veja gráfico no início desta lição) representamos os desvios como grandes e o caminho rumo ao Sol, a libertação final, estreito. Assim é O CAMINHO DA RETIDÃO. Encontraremos paragens, rincões encantadores, coisas fascinantes, mas o caminho à frente continuará sendo sempre estreito. Ele é um Caminho para poucos…

Nesta senda maravilhosa somente poderemos confiar em Deus Pai, nosso Íntimo, nosso Real Ser. Devemos aprender com urgência a fazer a vontade do Pai.

A intuição é essa voz insonora do Pai, que brota do fundo do coração tranqüilo. Somente a Consciência e nunca jamais a mente consegue ouvir e compreender a linguagem do Pai que está em Secreto.

Para não nos desviarmos do Caminho Reto, devemos fazer destas palavras do  Mestre Rabolu as nossas:

‘…todas as coisas do mundo são brinquedos que a natureza nos põe, tudo, em geral tudo, para nos entreter aí e não nos recordemos de nos liberar, de jogar a última carta, porque temos que jogar a vida e tudo o que cabe, que lhe diz respeito, para alcançar a liberação, do contrário não se consegue nada.”

Portanto, o caminho secreto que nos conduz à Liberação Fial, à Paz e Vida Eterna, à Felicidade Encarnada, é um trabalho cem por cento revolucionário. É o caminho do rebelde contra si mesmo e contra tudo.

No Difícil Caminho do Fio da Navalha experimentamos, ainda, o pior de nós mesmos. Ali encontraremos, dentro de nós mesmos, eus horripilantes que jamais suspeitaríamos possuir.

O fato é que para nos limparmos por completo é necessário que baixemos aos infernos mais profundos de nós mesmos com o intuito de nos conhecermos, para somente então estarmos conscientes daquilo que devemos matar em nós mesmos.

Essas aberrações de nós mesmos se manifestam hoje mesmo em nosso interior como manifestações diminutas, tais quais, despresíveis pensamentos, pequenos sentimentos incompreendidos, pequenas curiosidades, etc.

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A esse insuspeitado de nós mesmos chamamos de Lua psicológica, a qual, aliás, é a parte maior de nossa psique, ou seja, nosso subconsciente e nosso inconsciente. São também aqueles eus que não aceitamos ter. São aqueles eus que vemos nos outros, e até chegamos a nos irritar com eles, mas não os aceitámos dentro de nós mesmos.

Há um postulado esotérico que diz: ’normalmente aquilo que mais nos incomoda nos outros é o que mais devemos trabalhar sobre nós mesmos’  

O processo de auto-descobrimento e morte do eu é um processo de crescente interiorização. Deus está dentro de nós e nunca jamais fora.

A Lua Psicológica, inclusive seu lado escuro, é o que devemos eliminar de dentro de nós mesmos para que possa nascer o Sol em nosso interiro.

O gérmen, a semente solar, nos foi depositada em nossos órgãos sexuais desde nossa origem.

Portanto, para que o Sol nasça e a Lua morra em nós é necessário, inadiável, trabalhar com OS TRÊS FATORES DE REVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA, ou seja, morrermos em nós mesmos; nascermos em nó mesmos, mediante a transmutação  das energias sexuais e sacrificarmo-nos pela humanidade.

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O sol, o Cristo, nasce no coração do homem na segunda parte da Grande Obra. É o evento mais importante para toda alma. Porém, nem toda alma o vivencia. Apenas aqueles que fizeram com sucesso um sério trabalho sobre si mesmos o podem lograr.

O CRISTO quando nasce no coração do homem é como se uma chispa de Deus se encarnasse nele.

Ele, o Cristo Íntimo, é o Eterno Senhor de Todas as Perfeições; nós, por outro lado, somos todo imperfeição.

E ainda que o Cristo somente nasça naqueles que eliminaram seus eus, Ele ainda terá muito trabalho para nos tornar Divinos. Pois, quando eliminarmos de nós mesmos o ego, ainda restará as causas do ego.

Os eus-causa, como são chamados, são imperfeições da consciência gerados pela própria mecanicidade da Criação; porém, perigosíssimos, podem fazer ressurgir todo o ego que tão custosamente o Iniciado eliminou.

Os eus-causa remontam ao surgimento da nossa Mônada particular. Isso o explicaremos em detalhes em lições futuras. O interesante de se observar nesta lição é que somente o Cristo tem poder, inteligência, força suficientes para eliminar corrigir esses pequenos desvios.

Cristo é a ponte entre o Divino e o humano.

Mas para que ele nasça em nós mesmos, para que ele encarne em nós mesmos é preciso que morramos primeiro em nós mesmos; o ego deve ser radicalmente eliminado: PARA QUE A PLANTA NASÇA A SEMENTE TEM QUE MORRER.

O Cristo dentro de nós mesmos passará por todo o drama que Jesus, o Nazareno, representou na Terra Santa. Somente assim o homem morre de fato para que o Cristo ressuscite ao terceiro dia em seu Reino: O REINO DO PAI.

 

RECAPITULANDO:

 

– o caminho da retidão, infelizmente, é o caminho pelo qual a humanidade, em sua esmagadora maioria, não quer seguir;

– porém, o mais difícil o encontraremos dentro de nós mesmos: tentações, desvios etc;

– o ego é a fonte de todas as tentações;

– os três fatores de revolução da consciência são os guias indispensáveis para continuarmos no caminho revolucionário e sagrado em direção ao Eterno;

 

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